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Problemas na região

Obras de drenagem na Whitaker terão verba do PAC

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As obras de readequação da bacia dos córregos Paraguay e das Éguas era uma das metas da gestão de Gilberto Kassab na cidade. E, apesar de ter sido anunciado em Diário Oficial o repasse de verbas para sua execução, em 2011, ela nunca começou a ser feita. Agora, a obra novamente entra na listagem de projetos previstos para sair do papel, na gestão de Fernando Haddad.

O córrego Paraguay é aquele que passa sob a Avenida José Maria Whitaker, em Mirandópolis, onde são frequentes os alagamentos em períodos de fortes chuvas. E o córrego das Éguas vem da região de Moema e se junta com o Paraguay na região da sede do Tribunal de Contas do Município, na Avenida Ascendino Reis. Toda aquela região, incluindo os baixos do viaduto Onze de Junho, sofrem em toda época de chuva, inclusive com interdições ao tráfego.

Uma das prioridades anunciadas pelo prefeito Fernando Haddad no início de sua gestão, quando chuvas e alagamentos tomaram conta do noticiário, foi a priorização de obras de drenagem na cidade. Há um mês, durante anúncio  feito pela presidente Roussef de investir de R$ 8 bilhões  do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na cidade, Haddad destacou que 20% deste total serão aplicados em obras de drenagem. Serão custeados nove conjuntos de obras na área de drenagem.

Por meio do Programa Nacional de Prevenção de Risco e Resposta a Desastres Naturais, cerca de R$ 1,35 bilhão serão usados para obras de drenagem e eliminação de interferências de redes de água e esgoto. Outros R$ 253,6 milhões do Programa Minha Casa Minha Vida serão usados para a construção de 3.380 novas moradias.

Entre as obras previstas em drenagem estão intervenções em 79 pontos de alagamentos mais frequentes da cidade, em diferentes regiões, mapeados pela Prefeitura. Os locais receberão restauração de margens, sistemas de galerias de águas pluviais e pavimentação, somando um investimento de R$ 133 milhões.

Além disso, dentro dos nove conjuntos de obras, estão previstas as construções de 18 reservatórios, entre eles, cinco com capacidade de 600 mil m³ e oito para amortecimento de cheias. Estão previstas ainda, canalizações dos córregos Paciência e Tremembé, na Zona Norte, Freitas, Capão Redondo, Uberaba, Paraguay, Éguas e Riacho do Ipiranga, na Zona Sul. A implantação de oito parques lineares também está dentro do pacote.

Segundo a Prefeitura, uma das metas de uso de recursos do PAC é a canalização de córrego associada a construção de dois reservatórios de amortecimento de cheias na sub-bacia do Córrego Uberaba e afluentes vai representar um investimento de R$ 80 milhões, com construção de 2 reservatórios com volume de 110 mil m³ e com volume de 50 mil m³ e canalização dos córregos Uberaba, Paraguay e Éguas na Bacia do Rio Pinheiros.

Os córregos

O córrego Paraguay é afluente do Córrego Uberaba, com o qual se encontra na região de Moema/Campo Belo. Nasce na região de São Judas, passa pela avenida José Maria Whitaker e segue em direção à Avenida Ibirapuera, que vem do alto do bairro de São Judas, na avenida Jabaquara, desce hoje entubado debaixo da avenida José Maria Whitaker, cruza a avenida Ibirapuera junto à avenida República do Líbano.

O córrego das Éguas, por sua vez, é afluente do Paraguay. Nasce na esquina das ruas Botucatu e Onze de Junho, na Vila Clementino, e desce pela Ascendino Reis, nas proximidades do Tribunal de Contas do Município e sob os baixos do Viaduto Onze de Junho – região que sempre sofre com alagamentos.

A bacia dos córregos Paraguay e das Éguas é exemplo de como a impermeabilização da cidade, com canalização de córregos e ocupação de várzeas, foi obra no processo de crescimento urbano.

 

Alagamento na Av. Prof. Ascendino Reis, em frente ao Tribunal de Contas de São Paulo.

 

 

 

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