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Urbanismo

Obras da ciclovia da Domingos de Morais começam em janeiro, diz Arquidiocesano

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A ciclofaixa que passa pelas ruas Madre Cabrini, Coronel Lisboa e Alameda das Boninas foi criada durante as obras de expansão do metrô, que estreitavam a pista da Rua Domingos de Morais e impediam que a ciclovia da Avenida Paulista se estendesse por todo o espigão formado pelas ruas Vergueiro, Domingos de Morais e Jabqaquara.

Agora, a ciclovia Madre Cabrini foi “apagada” e muitos moradores passaram a se perguntar se isso significa que, finalmente, a ciclovia da Rua Domingos de Morais vai sair do papel.

Na verdade, são duas coisas diferentes. Embora muitos apontem que a ciclofaixa Cabrini tem baixo uso, ela na verdade está sendo apenas recuperada, como indicam faixas espalhadas pela região.

O leitor William Wagner Campos, por exemplo, avalia que a fluidez do trânsito melhorou nesses dias em que a ciclovia foi retirada. “Porque existe esta ciclovia fantasma ? Desde a sua inauguração não vemos nenhuma bicicleta trafegar no local. Não seria o caso de abolir a ciclovia?”, acredita.

Outros moradores da Vila Mariana, entretanto, avaliam que a ciclovia deve voltar e, mais do que isso, novas devem se interligar para estimular o uso das bicicletas.

O fato é que a ciclovia da Rua Madre Cabrini vai voltar e, ao mesmo tempo, a ciclovia da Rua Domingos de Morais finalmente terá suas obras iniciadas.

Pelo menos é o que garante a direção do Colégio Marista Arquidiocesano, que é o responsável por financiar a obra, como contrapartida por ser um pólo gerador de tráfego local.

Em nota, o colégio informou que “está em dia com as obrigações referentes à ciclovia na Rua Domingos de Morais e os trabalhos de marcação têm previsão de início ainda em dezembro de 2019”.
O Colégio também garantiu que a execução do projeto começa em janeiro de 2020 e irá durar cerca de 120 dias, dependendo das condições climáticas e demais intercorrências que podem impactar o andamento das atividades.

Histórico

Em março de 2018, a Prefeitura realizou audiência pública para debater, especificamente, a implantação da Ciclovia Domingos de Morais.

A promessa de que em poucos meses estaria concluída a pista não foi cumprida. A CET passou mais de um ano sem dar informações detalhadas sobre o atraso. O jornal Agora precisou recorrer à Lei de Acesso à Informação para obter dados mais precisos sobre a motivação do atraso, e ainda assim se deparou com evasivas e informações conflitantes. Até que, em final de maio, o projeto foi alterado e a expectativa era de a obra iniciaria imediatamente e levaria dois meses para ser concluída, o que não aconteceu…

Traçado

Ainda há algumas dúvidas com relação ao traçado. Da avenida Lins de Vasconcelos até a Rua Sena Madureira, a ciclovia deve ser construída sobre a ilha central. Dali até a Borges Lagoa, a ciclovia terá “duas mãos” (bidirecional) ocupando parte da pista para carros, no sentido bairro.

A partir da Borges Lagoa, já é possível perceber que a ciclovia começou a ser executada meses atrás, com a conclusão das obras do metrô na região, que estreitava a pista. Ali, novamente, a ciclovia deverá ter características semelhantes à da Avenida Paulista, construída sobre o canteiro central. Não está claro se no trecho bem em frente à estação Santa Cruz será removido o canteiro de flores existente para ser substituído pela ciclovia.

Da Rua Loefgreen até a Rua Luís Góis, a pista para bicicletas volta a ser bidirecional e ficar no leito carroçável, dessa vez no sentido centro. Da Luís Góis até a Alameda das Boninas (trecho curto, em frente ao convento), a ciclovia vai manter o estilo que tem hoje na Avenida Jabaquara, no trecho a partir da Alameda das Boninas: cada faixa de direção em um dos lados do canteiro central, com pequena área reservada aos ciclistas na pista principal.

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