Urbanismo
Obras contra enchente em Mirandópolis são licitadas
A promessa era dar início às obras ainda no primeiro semestre. Mas, após questionamento do jornal São Paulo Zona Sul, a Secretaria de Infraestrutura Urbana (Siurb) alterou a previsão para início das obras de readequação da bacia dos córregos Paraguai e Éguas.
Agora, a informação oficial é de que os trabalhos começam até o final deste ano. De fato, a licitação já ocorreu e os envelopes foram abertos no final de maio. Entretanto, o resultado final não foi ainda divulgado e existe prazo para que as derrotadas eventualmente recorram da decisão.
Os dois riachos, canalizados e subterrâneos há décadas, passam sob avenidas como José Maria Whitaker e Professor Ascendino Reis. O objetivo da obra de readequação das bacias é evitar novas enchentes especialmente na área em frente ao Tribunal de Contas do Município, na Ascendino Reis. Em dias de chuvas fortes, a área inunda, carros ficam submersos e o trânsito é interditado.
Também a Whitaker sofre com constantes pontos de alagamento, embora de menor intensidade, principalmente nos cruzamentos com a Alameda dos Guatás e Rua Joaquim de Almeida.
As obras de readequação das bacias dos dois córregos são prometidas há muitos anos. Chegou a ser anunciada dentro do plano de metas do ex-prefeito Gilberto Kassab, mas embora tenha sido relacionada em 2011 para receber dotação orçamentária, acabou não saindo do papel.
Na gestão Haddad, a obra está prevista para integrar uma série de intervenções de drenagem na cidade, com recursos federais obtidos através do PAC 2 – Plano de Aceleração do Crescimento.
A licitação comercial das obras do córrego Paraguai / Éguas foi publicada em 28 de março e a abertura dos evenlopes ocorreu em 28 de maio.
Segundo a SIURB, está sendo investido cerca de R$ 1,6 bi em várias obras de drenagem na cidade, visando a controlar as enchentes. Só este projeto tem repasse financeiro do PAC de R$ 80 milhões. Segundo a Siurb, as obras devem durar 36 meses após a ordem de serviço.
As obras na bacia dos córregos Paraguai e Éguas acaba refletindo em toda a região de Moema. O córrego Éguas nasce nasce no bairro, correndo ao longo da Avenida Hélio Pelegrino, e se junta com o Paraguai, que corre sob a Avenida José Maria Whitaker, na região da sede do Tribunal de Contas do Município – TCM, na Avenida Ascendino Reis. Assim, toda essa região, incluindo os baixos do viaduto Onze de Junho, será beneficiada com as obras de macro e microdrenagem na bacia destes córregos.
O projeto prevê a implantação de um reservatório de detenção, canalização do córrego e readequação das margens, com paisagismo e implantação do sistema viário – Programa de Aceleração do Crescimento. O córrego Paraguai onde são históricos os alagamentos em períodos de chuvas fortes.