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O que é lixo eletrônico e como descartar?

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Quando se fala em lixo eletrônico, muita gente pensa em celulares, notebooks, computadores e seus periféricos (teclados, mouses, monitores, impressoras), e televisores. Mas, na verdade, lixo eletrônico engloba uma gama muito mais ampla de produtos: secadores de cabelos, geladeiras, lava-louças, lava-roupas, ventiladores, aparelhos de barbear, aspiradores de pó, lanternas, enfim, qualquer tipo de aparelho que funcione com eletricidade ou baterias. Aliás, baterias e pilhas também fazem parte do chamado lixo eletrônico.

Há vários problemas em descartar irregularmente o lixo eletrônico. A primeira e essencial dica é: não jogue no lixo doméstico comum, nem no material reciclável separado para coleta seletiva e muito menos em áreas públicas, lembrando que este é um crime ambiental, passível de multa de aproximadamente r$ 18 mil reais.

Objetos recicláveis são apenas aqueles feitos de plástico, vidro, papel e plástico, sem componentes eletrônicos, baterias, chips ou similares.

Para esses, há coleta seletiva em todos os 96 distritos da cidade. Boa parte conta com coleta seletiva porta a porta, feita por equipe especial e caminhões específicos.

Nas zonas sul e leste da cidade, a coleta de lixo tradicional, bem como a seletiva, são serviços prestados pela concessionária Ecourbis Ambiental. Para saber o horário em que as equipes passam em sua rua, basta acessar: ecourbis.com.br/coleta/index.html

Aumento do consumo

De acordo com um relatório divulgado pela Coalizão das Nações Unidas sobre Lixo Eletrônico e pela Plataforma para Aceleração da Economia Circular, o mundo produzirá cerca de 120 milhões de lixo eletrônico até 2050. Na América Latina, o Brasil lidera o ranking como produtor desse material e na escala mundial, fica em sétimo lugar, atrás da China, Estados Unidos, Japão, Índia, Alemanha e Reino Unido, com a geração de 1,5 milhão de tonelada por ano.

Só o Brasil consome, todos os anos, 1,2 bilhão de pilhas e 400 milhões de baterias de telefone celular. E o que é pior: estima-se que 40% das pilhas comuns vendidas no Brasil sejam falsificadas, isto é, produzidas sem controle podendo conter um teor de metais pesados superior ao permitido pela legislação ambiental.

A pandemia tornou esse cenário ainda mais complexo. Com o crescimento do trabalho em casa (home office), aulas online e comunicação até mesmo pessoal, entre familiares, por meio de dispositivos eletrônicos, a venda desses produtos disparou.

De acordo com a Admitad Affiliate, no primeiro semestre do ano passado, as compras pela internet no mundo aumentaram em 34%, mas no Brasil o número de pedidos cresceu 319% e os gastos com eletrônicos saltaram 455%.

Avanços tecnológicos

E não é só por conta da pandemia. Os hábitos também mudam, junto com a tecnologia. Se no passado tínhamos fitas cassete para música e vídeo, essa tecnologia evoluiu para dvds, depois blu-rays – que durou período bem curto de tempo – e evoluiu para o chamado “streaming”, ou seja, transmissão pela internet – que em muitos casos exigem tecnologias diferentes, como aparelhos de televisão inteligentes (smart tvs)  ou adaptadores e boxes de streaming.

Ou seja, essas tecnologias não apenas demandam a compra de novos aparelhos – mais lixo eletrônico para o futuro – como também podem significar o descarte de aparelhos inadequados e antigos, de dvds, cds, fitas…

Consumo consciente

Assim, a conclusão é de que os aparelhos elétricos e eletrônicos em geral são inevitáveis na vida moderna.

Mas, há maneiras de evitar a geração eletrônico e elas começam na compra desse objeto. Busque itens duradouros, que consomem pouca energia e de indústrias que garantam a prática da Logística Reversa.

Ou seja, no momento de escolher qual marca vai comprar, dê preferência àquelas que se responsabilizam pelo descarte correto do item quando ele for inutilizado, ainda que muitos anos no futuro.

Outra dica sobre a decisão de compra está no modelo – cuidado para não aderir a “modas”, ou seja, para não adquirir itens que vão ficar obsoletos ou esquecidos em casa em pouco tempo. Isso vale especialmente para brinquedos infantis. Por quanto tempo serão usados? Consomem muita pilha ou bateria? Podem ser doados e reaproveitados por outras crianças futuramente.

No caso de aparelhos de telefonia celular, tablets, laptops, leitores de livros digitais, aparelhos de video game e similares, evite trocar a cada novo lançamento. Consumidor consciente e preocupado com a geração de resíduos no planeta, sempre se questiona: preciso mesmo desse item? Será útil por quanto tempo? Qual a durabilidade da marca?

Não ceder aos apelos excessivos da indústria por trocas constantes e, paralelamente, exigir que haja programa de coleta dos itens pós consumo (logística reversa) são atitudes tão importantes quanto garantir o conforto e praticidade que todos esses itens representam.  Sempre que possível, conserte em vez de trocar.

Descarte correto

Itens como pilhas e baterias, bem como componentes eletrônicos dos mais diversos aparelhos possuem produtos químicos e metais pesados em sua composição, que poluem o solo, os lençóis freáticos e contaminam até as verduras e legumes que comemos.

É por isso que existem maneiras e locais certos para descartar esse tipo de lixo. Quem fabrica ou vende pilhas e baterias é obrigado a manter um ponto de coleta, em que o consumidor pode deixar os produtos usados para o descarte correto.

Esse processo é conhecido como logística reversa. No entanto, essa é uma responsabilidade de todos. No Estado de São Paulo, o governo estimula as empresas a criarem seus próprios sistemas de coleta. Pela internet, é possível saber onde estão e ver que tipo de produto pode ser descartado.

Quando tiver dúvidas, entre e contato com o serviço de atendimento ao Consumidor do fabricante para orientações.

Há também várias ONGs e cooperativas que também recebem estes materiais, assim como catadores autônomos. O que é lixo para uns, é transformado em renda para muitos outros.

Na cidade de São Paulo, há diversas possibilidades de descartar aparelhos, baterias e pilhas de forma correta.

Pilhas e baterias podem ser descartadas em diversos supermercados, drogarias, shopping centers, lojas de eletrônicos ou celulares e até padarias.

Para o descarte de objetos eletrônicos de médio porte, há pontos de entrega voluntária em diversos parques da cidade, como o Ibirapuera, o Independência, o Aclimação e o Nabuco, todos aqui na zona sul. As subprefeituras de Vila Mariana e Ipiranga também têm pontos de descarte.

As unidades de Ecoponto e as operações Cata Bagulho também aceitam eletrodomésticos e eletroeletrônicos.

Para conhecer os endereços dos ecopontos acesse
bit.ly/3rIyGJy. Ou para conferir as datas e horários das próximas Operações Cata Bagulho em seu bairro, basta acessar bit.ly/3fYKz8B.

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