Transporte
Nova estação Santa Cruz não terá “comércio”
Quem passa pelo cruzamento das Ruas Domingos de Morais e Pedro de Toledo fica impressionado com o impacto das obras para expansão da Linha 5. Não é para menos – ali, uma nova estação Santa Cruz está sendo erguida, ao lado e interligada à primeira. Mas não é só o impacto no trânsito, com interdições parciais e avanço dos tapumes sobre o corredor viário. Impressiona também o tamanho da “estação” propriamente dita, ou seja, do edifício que está sendo construído junto ao poço onde ocorrem as escavações.
As dúvidas da vizinhaça são inevitáveis. É realmente necessária esta nova estação? O prédio abrigará algum empreendimento comercial no futuro, como já ocorreu com a estação construída na década de 1970 e que deixou de ser um terminal de ônibus para se transformar em shopping center? O metrô diz que não.
Segundo a assessoria de imprensa da empresa, a futura parada será subterrânea. Apesar dos novos acessos e do edifício em separado, a estação terá o mesmo nome – Santa Cruz – e vai receber os trens que circularão pela linha 5. Contará com interligação subterrânea e gratuita para a estação Santa Cruz da Linha 1-Azul, que continuará com os acessos existentes atualmente.
O metrô garante que o prédio em construção na esquina destas ruas será utilizado exclusivamente pelo Metrô, para a instalação de salas técnicas com equipamentos para o funcionamento da estação, além de salas operacionais para os funcionários. Informa ainda que “estes espaços existem em todas as estações, mas normalmente ficam em áreas subterrâneas, não ficando visíveis”.
Características
De acordo com o Metrô, profundidade será uma característica do trecho em construção da Linha 5 – Lilás, o que se explica pelo fato de os túneis atravessaram sob corredores viários como 23 de Maio e Bandeirantes, ao redor de bairros mais altos como a Vila Todas as estações do prolongamento serão subterrâneas. Só para se ter ideia, a parada que vai ganhar o nome de Hospital São Paulo, por exemplo, ficará a 42 metros de profundidade, ou o equivalente a um prédio de 14 andares abaixo do térreo!
A maquete virtual existente no site do metrô, entretanto, aponta para quatro lances de escada rolante até atingir a plataforma.
Vale ressaltar que a linha 5 atenderá diversos hospitais, instituições de atendimentos a pessoas com deficiências, o que deve atrair a circulação de pessoas com mobilidade reduzidas: cadeirantes, idosos, mulheres com bebês. O metrô garante, entretanto, que todas serão plenamente acessíveis, contando com elevadores, escadas fixas e rolantes em todas as rotas de acesso do público. Inclusive, a estação AACD-Servidor, onde é esperada uma maior demanda de usuários com deficiência ou mobilidade reduzida, terá elevadores maiores.
Outra preocupação é com bicicletas, já que a linha atenderá parques. Segundo o metrô, haverá bicicletários em todas as estações.