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No domingo, 26, eleitores decidem entre Dilma e Aécio

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No fim da tarde de ontem, Ibope e Datafolha divulgaram duas novas rodadas de pesquisa para a disputa presidencial. Em ambas, a atual presidente Dilma Roussef (PT) aparece à frente do candidato Aécio Neves (PSDB), já fora da margem de erro.
No Ibope, Dilma tem 49% das intenções de votos. Aécio Neves, do PSDB, tem 41%. Votos brancos e nulos somam 7% e não sabem ou não responderam 3%. No caso dos votos válidos, Dilma aparece com 54% das intenções de votos e Aécio com 46% . Quanto ao percentual de rejeição, de acordo com o Ibope, Aécio tem 42% e Dilma, 36%.
Já a pesquisa Datafolha mostra Dilma com 48% das intenções de votos e Aécio com 42%. Votos brancos e nulos somam 5%, enquanto 5% ainda estão indecisos. Considerados os votos válidos (excluindo-se os brancos, nulos e indecisos), Dilma tem 53% e Aécio, 47%. De acordo com o levantamento, 41% afirmaram não votar em Aécio “de jeito nenhum”, enquanto 37% afirmaram não votar em Dilma.
No primeiro turno das eleições, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dilma Rousseff obteve 41,59% dos votos válidos e Aécio Neves, 33,55%.
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, desconsiderou o resultado das pesquisas eleitorais, que o apontam atrás da petista Dilma Rousseff, que disputa a reeleição, criticou o nível da campanha e garantiu que será vencedor no próximo domingo (26).
Sobre as pesquisas, o candidato lembrou que o que se viu no primeiro turno foi uma distância muito grande entre a vontade do eleitor e o que as pesquisas manifestavam.
“Eu vejo as pesquisas como um estímulo aos nossos companheiros e companheiras que querem mudar”, disse Aécio.
Já a candidata Dilma Roussef, sobre os ânimos acirrados entre os militantes do PT e do PSDB na reta final da campanha eleitoral, Dilma pediu tranqüilidade e que o debate seja feito apenas no campo das ideias.
“É uma eleição bastante disputada. Gostaria que isso [confronto] não ocorresse. No final, o clima fica mais quente, mas, desde que fique no campo das idéias, isso é democracia”, enfatizou a candidata, que disse não ter visto, nas manifestações de que participou atitudes de agressão. “Eu vi muito mais uma atitude de festa, de comemoração.”

 

A presidente Dilma Roussef, do PT, concorre à reeleição. O ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, do PSDB, é seu adversário. Seja quem for, o eleito vai governar para um país em que metade dos eleitores não o havia escolhido. O processo democrático, entretanto, pede embate de ideias para busca de consensos

 

Candidatos defendem mudanças para combater corrupção

A plataforma de campanha dos dois candidatos à Presidência da República não deixa de lado um tema espinhoso na política brasileira: a corrupção.
Tanto Dilma Rousseff (PT) quanto Aécio Neves (PSDB) tratam o combate a esse crime com destaque e propõem mudanças em leis e no sistema político para evitar o desvio de recursos no país.
Candidata à reeleição, Dilma Rousseff apresenta cinco propostas de ações. A primeira é a aprovação de uma lei para punir os agentes públicos que enriquecem sem justificativa ou não demonstram a origem dos seus ganhos. A petista também quer criar uma nova espécie de ação judicial que permita o confisco dos bens adquiridos de forma ilícita ou sem comprovação.
Dilma também propõe uma mudança na legislação eleitoral para transformar em crime a prática de caixa 2. Outra mudança na legislação daria agilidade no julgamento de processos envolvendo desvio de recursos públicos. A quinta proposta da candidata é a criação de uma nova estrutura no Poder Judiciário, que garanta mais agilidade e eficiência às investigações e aos processos movidos contra os que tem foro privilegiado.
Em seu programa de TV, a candidata reafirmou que a corrupção causa revolta e repulsa. “Quanto mais a corrupção aparece, mais parece que ela cresce. E quando se oculta, se abafa, se engaveta, se cria a ilusão que ela não existe. A gente não tem que ter medo de ir fundo, porque a verdade liberta, enquanto a mentira cria a falsa ilusão de que tudo está bem”, disse.
O programa de governo de Aécio Neves promete o combate intransigente a toda forma de corrupção e ao aparelhamento da máquina pública. Entre as propostas do candidato do PSDB estão o aprimoramento da legislação para combater os crimes de colarinho branco e a capacitação de agentes públicos na prevenção e no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro. Aécio também propõe uma definição mais detalhada do que é organização criminosa.
Outras medidas citadas por ele para melhorar a eficiência do Estado são a redução do número de ministérios, que atualmente está em 39, e a diminuição em um terço dos 24 mil cargos comissionados no Brasil. Ele defende o emprego nas empresas públicas e a transparência, com o objetivo de aumentar a eficiência e eliminar o aparelhamento e a corrupção.
O candidato defende a implantação de uma gestão por meritocracia, por meio de avaliações de desempenho institucional e individual. “Queremos a profissionalização do setor público, concursos públicos são essenciais. O que eu vou reduzir são os cargos comissionados, sem qualquer critério de eficiência e meritocracia”, defende Aécio.
(com informações da Agência Brasil)

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