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Trânsito

No Carnaval, polícia busca motoristas alcoolizados

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Só nas estradas federais, aumentou em 36% o número de pessoas presas por dirigir alcoolizadas. Se, paralelamente, houve redução no número de acidentes, analistas ponderam que o aumento da fiscalização tem diminuído o número de motoristas que cometeem esta infração gravíssima que pode resultar em crime, ao mesmo tempo em que explica o aumento do número de pessoas flagradas dirigindo alcoolizadas. Neste Carnaval, as polícias rodoviárias estadual e federal já anunciaram que o excesso de velocidade, as ultrapassagens proibidas e o uso de bebida alcoólica por motoristas estão na mira das equipes que estarão nas estradas.
Já dentro da cidade de São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego estará com todo seu efetivo nas ruas. A expectativa, de acordo com o órgão municipal, é de que 2 milhões de veículos deixem a cidade. Ao mesmo tempo, haverá diversos desvios por conta da realização de desfiles carnavalescos. Por isso, durante a Operação Estrada haverá equipes de fiscalização por toda a cidade, especialmente nas regiões de acesso às rodovias. Na região, haverá agentes em avenidas como Tancredo Neves, Abraão de Moraes e Ricardo Jafet, Bandeirantes. A operação começa hoje e só termina na quarta, dia 5.
A Secretaria de Segurança Pública, por sua vez, anunciou que a partir de hoje, às 18h, haverá reforço policial nas rodovias estaduais com mais de 1300 policiais e 700 viaturas circulando pelos 22 mil quilômetros de rodovias estaduais. Na Operação Carnaval, a fiscalização de velocidade será feita pro 61 radares móveis inteligentes, 125 radares portáteis e 93 fixos, além de sistemas integrados de câmeras.
Para flagrar motoristas alcooliados, haverá 349 bafômetros, que também serão usados em ocorrências de acidentes. A ação vai até as 12 horas da quarta-feira de Cinzas (5 de março) e tem como objetivo evitar acidentes e garantir a fluidez do trânsito. O policiamento será reforçado com policiais rodoviários que estariam de folga ou que são do serviço administrativo.
O motorista que for flagrado dirigindo embriagado será multado em R$ 1.915,40. O veículo também pode ser apreendido e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista pode ser retida por 12 meses. O condutor terá ainda que responder criminalmente a uma pena de seis meses a três anos de prisão.
Em balanço divulgado esta semana, a Polícia Rodoviária Federal, por sua vez, anunciou que em 2013 foram feitos 1,5 milhão de testes do bafômetro, 135% a mais do que em 2012, quando foram aplicados 648.505 testes. “A PRF aumentou consideravelmente a fiscalização da alcoolemia [concentração passageira de álcool etílico no sangue]. Houve aumento de autuações e de pessoas presas, mas a gente tem verificado mudança no comportamento do cidadão no sentido de evitar beber e dirigir”, disse o chefe da Divisão de Planejamento Operacional da PRF, inspetor Stênio Pires.
Os policiais rodoviários aplicaram 3,2 milhões de infrações em 2013, das quais 782 mil foram por dirigir em velocidade superior à máxima permitida em 20%. Foram 325 mil por ultrapassagem proibida; 258 mil por dirigir em velocidade superior à máxima permitida entre 20% e 50% e 178 mil por falta de cinto de segurança. “Há uma intensificação da fiscalização por meios eletrônicos com radares e monitoramento das rodovias autuando através das imagens”, disse o inspetor Pires.
O balanço destacou que 160 mil automóveis envolveram-se em acidentes, resultando em 1.631 mortes. As 31 mil motocicletas envolvidas em acidentes causaram a morte de 1.620 pessoas. “Para cada mil automóveis envolvidos em acidentes, tivemos dez condutores mortos. Para cada mil motos envolvidas em acidentes, foram 52 condutores mortos. Há cinco vezes mais chance de um motociclista morrer”, ressaltou o chefe da Divisão de Planejamento Operacional da PRF.
Segundo ele, a Operação Carnaval 2014 começa na sexta-feira (28) e vai até a quarta-feira (5), quando será reforçada a fiscalização com aumento de policiais rodoviários, motocicletas, helicópteros e radares para tentar reduzir o número de mortes. De acordo com o inspetor, Minas Gerais e Bahia receberão maior atenção, porque 35% das mortes em rodovias federais concentram-se nos dois estados.

 

 

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