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Segurança

Na Vila Clementino, Casa de Eliane de Gramont apoia vítimas da violência

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Branca, de 30 a 49 anos, solteira, heterossexual, formação escolar igual ou superior ao ensino médio e com rendimento de um a dois salários mínimos. Este é o perfil da maioria das mulheres vítimas de violência durante a pandemia na cidade de São Paulo, é o que apontam os dados coletados a partir dos registros de 6.408 mulheres atendidas pela rede de serviços de proteção à mulher da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) desde março de 2020.

Uma das constatações mais alarmantes e que reforçam o alcance do machismo estrutural é que mesmo as mulheres que passam longe deste perfil estão igualmente expostas ao risco de violência. O percentual de atendimentos às mulheres de renda superior a 20 salários mínimos, embora seja muito baixo no total, proporcionalmente, mostra que as chances de alguém nessa faixa de renda sofrer uma violência é praticamente equivalente ao do grupo com menor renda. O fato de a maioria das atendidas terem uma renda de até dois salários mínimos (64,68%) acompanha o total de mulheres nessa faixa de renda. Na cidade de São Paulo, a renda média domiciliar no município é de R$ 3.443, segundo a Fundação Seade.

“Os dados comprovam que a violência contra a mulher atinge todas, indistintamente, e isso reforça que a raiz destas agressões é estrutural em nossa sociedade, no caso esta causa primordial é o machismo estrutural”, avalia a Secretária de Direitos Humanos e Cidadania Claudia Carletto.

Um dado no levantamento que parece fugir ao esperado é a maioria das mulheres atendidas se identificarem como brancas, com um total de 51%, sendo 33,7% pardas e 13,8% pretas. Segundo o Anuário 2021 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 61,8% das vítimas de feminicídio no Brasil em 2020 são negras.

Porém, como informa Ana Cristina de Souza, Coordenadora da Coordenação de Políticas para as Mulheres da SMDHC, existe uma parcela considerável de agressões que não chegam à assistência.

Na região, é possível buscar apoio na Casa Eliane de Grammont, que existe há mais de 30 anos e fica na  Rua Dr. Bacelar, 20 – Vila Clementino . Tel: (11) 5549-9339. Confira também outros endereços nesse link.

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