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Urbanismo

Mural que representa SP Antiga na Avenida 23 de Maio foi pichado

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A internet foi inundada esta semana com críticas e elogios à ação da Prefeitura ao longo do corredor norte e sul, que apagou uma série de grafites que coloriam os muros, nos dois sentidos. Ao anunciar que iria apagar grafites pinturas já desgastadas ou pichadas, o prefeito João Doria despertou debates não apenas sobre as diferenças entre pichação e grafite, mas também entre expressão urbana, arte e até gerenciamento de gastos públicos.
Os murais foram recobertos por tinta cinza durente uma operação do programa Cidade Linda, ao longo da Avenida 23 de Maio, no trecho entre a Praça da Bandeira e a região do Parque Ibirapuera,
Um dos problemas da ação foi registrado em poucas horas: por conta do excesso de chuvas, a tinta cinza desbotou em vários trechos, fazendo reaparecer os desenhos que deveriam ter sido “apagados”.
Além disso, a grande área cinza e a polêmica se transformaram em um convite aos pichadores: protestos e garranchos foram pichados ao longo do corredor horas depois. Até mesmo um dos paineis que havia sido preservado, o grafite feito pelo artista Eduardo Kobra, que retratava a São Paulo antiga, foi pichado em pleno aniversário da cidade, em uma nítida crítica à ação do prefeito.
Já aqueles que defenderam a ação da Prefeitura alegaram que arte de rua é efêmera e deve ser refeita, de tempos em tempos, por estar exposta a ação do ambiente e às pichações.
O prefeito, entretanto, tem declarado que vai investir em novos grafites, mas vai continuar a combater a pichação.
Na tarde de ontem, Doria disse que será lançado um projeto de “Museu a Céu Aberto e o secretário de cultura, André Sturm, apontou o Baixo Augusta, na região central da cidade, como primeira área a ser beneficiada.
A expectativa é de envolver 150 artistas para pinturas em fachadas e investir cerca de R$ 800 mil entre materiais e cachês para oa artistas.
Monumento
O prefeito também esteve em visita ao monumento projetado pela artista Tomie Ohtake para homenagear os 80 anos da imigração japonesa na Capital
Também localizado na Avenida 23 de Maio, na ilha central em frente ao Centro Cultural São Paulo, o monumento teve suas cores renovadas e sua iluminação restaurada. A obra foi limpa pelo Programa Cidade Linda e restaurada por meio de uma parceria entre o Instituto Tomie Ohtake e a Coral, marca de tintas da empresa Akzo Nobel.
“É uma obra representativa da cidade. Estava vandalizada, mutilada, pichada e foi recuperada em oito dias, com o trabalho coordenado pelo instituto Tomie Ohtake”, afirmou o prefeito
A instalação possui quatro lâminas de concreto armado com cerca de 40 metros de comprimento, 4 metros de altura e dois metros de largura cada uma.
As estruturas passaram por serviços de limpeza, realizados por uma equipe de 12 pessoas com uma máquina antares (de alta pressão). A lavagem retirou os resíduos de poluição e a tinta de pichações. Depois, a estrutura foi lixada para retirada da tinta, e foi aplicada uma base que prepara o concreto para a pintura. O próximo passo foi a pintura das lâminas nas cores amarelo, laranja, verde e azul, conforme as orientações deixadas pela artista.
A última repintura havia sido feita há 7 anos. Duas das doze luminárias que iluminam a obra também foram trocadas.

Grafite do artista Kobra na Av. 23 de Maio é pichado com imagem de Doria.

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