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Mundo digital também gera resíduos

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A tecnologia está presente no cotidiano de todos, especialmente aqueles que vivem em uma grande metrópole como a capital paulista. Não apenas inevitáveis, dispositivos eletrônicos e aplicativos trazem conforto, bons resultados em práticas de trabalho, estudo e mesmo vivência doméstica e de lazer.

A pandemia de Covid fez com que as pessoas permanecessem mais tempo em casa ou isoladas. Reuniões, aulas e outros eventos à distância ampliaram o uso da internet para atividades cotidianas, inclusive compras das mais diversas – de refeições prontas a grandes aquisições como carros ou eletrodomésticos e até serviços.

Os aparelhos eletroeletrônicos e a internet, portanto, já são parte da vida moderna de forma irreversível. Isso não significa, entretanto, que o ser humano precise se afastar do contato humano ou desrespeitar o meio ambiente. Pelo contrário, habitantes de grandes centros urbanos têm compreendido que é preciso dar passos para trás e retomar hábitos antigos.

Em síntese, equilíbrio é a chave. Valorizar coisas simples da vida e estimular o contato com a natureza é essencial para a saúde e para evitar a degradação ambiental. Usar a tecnologia a nosso favor é desafio constante.
Estar atento à geração de resíduos pode trazer respostas sobre as melhores escolhas em tempos de armazenamento de arquivos em nuvens, digitalização e investimento em dispositivos inteligentes eletrônicos.

1. Físico ou digital

Muita gente acreditou que as publicações digitais seriam mais sustentáveis que as impressas, que demandam derrubada de árvores para produção de papel. Mas, não é tão simples assim.

Atualmente, a maior parte do papel produzido no mundo é de fontes renováveis, ou seja, de eucalipto plantado em zonas de reflorestamento. O símbolo FSC® – Forest Stewardship Council é um sistema internacional de certificação florestal que permite identificar fontes responsáveis de madeira, papel, cortiça e outros produtos de base florestal.

Estudos recentes indicam que se o volume de livros lidos for alto – pelo menos 15 em um ciclo de três anos – é mais sustentável apostar nos leitores digitais. Mas, caso a quantidade seja pequena, investir no livro impresso ainda é menos agressivo à natureza.

Isso porque ambos geram resíduos, mas o papel tem mais fácil reciclagem e produção do que os dispositivos eletrônicos. Todos consomem também energia e água na fabricação e no transporte, mas os leitores eletrônicos de livros precisam ser constantemente recarregados com energia elétrica e têm vida útil curta, tornando-se lixo eletrônico. Novamente, o ideal é se informar e apostar no equilíbrio além, é claro, de entender o que funciona melhor para cada um.

2. Novas mídias e descarte

A mesma lógica vale para outros serviços modernos, os chamados “streaming” de filmes e música ou mesmo para o arquivamento de informações. Em vez de comprar ou alugar dvds, cds, os consumidores modernos agora contratam serviços que permitem o uso temporário desses tipos de arte. Pela internet, há um imenso acervo de filmes, séries e música, além de serviços para armazenar fotos, arquivos pessoais em geral.

Não são mais necessárias mídias como os cds, dvds, pen drives e hard disks (hds). Mas, ao observarmos a história recente, percebemos que muitos aparelhos e dispositivos foram lançados e atualmente se transformaram em resíduos: aparelhos de cd, dvd e blue ray, walkman e ipods, diferentes tipos de celulares etc. E vários outros surgiram, como caixas de som e box de tv, entre outros.

Quem ainda conta com esse tipo de mídia, aliás, muitas vezes não sabe como se desfazer deles de forma correta. Uma opção é doar para entidades que promovem bazares e usam como material educacional com pessoas assistidas. Vale também para games, brinquedos eletrônicos etc.

Quando estão danificados ou não funcionam devem ser descartados como lixo eletrônico, assim como equipamentos: celulares, impressoras, computadores e laptops, mouses, teclados, monitores, roteadores, boxes de televisão, antenas…

O Brasil é hoje o quinto maior gerador de lixo eletrônico no planeta, com quase 2,4 milhões de toneladas por ano, e o segundo nas Américas, apenas atrás dos Estados Unidos. Esse volume mostra o quanto a tecnologia gera riscos à natureza não só por conta da energia, plástico, água e combustível usados para produzir esses itens como para depois garantir um descarte correto e que não contamine o solo.

Nos parques da cidade de São Paulo há pontos de descarte de eletrônicos de pequeno porte. Também é possível se desfazer de aparelhos fora de funcionamento nos pontos de venda, ou seja, lojas do comércio recebem os equipamentos.

Em caso de dúvidas, fale com o fabricante e descubra o processo para garantir destinação correta, inclusive com reciclagem de partes do produto que as marcas fazem.

3. Compras conscientes

A facilidade de fazer compras pela internet pode ser positiva, mas também representa riscos à natureza. O principal deles é o mesmo do comércio tradicional: a falta de consciência.

Não se deixe levar pelo impulso ou por ofertas temporárias em itens supérfluos ou desnecessários. Recuse embalagens sempre que possível.

No caso das refeições por encomenda, recuse os descartáveis e sachês com temperos (catchup, mostarda, maionese, sal),

Separe todas as embalagens recicláveis das compras para encaminhar à coleta seletiva. Mas, lembre-se: embalagens engorduradas, como a parte de baixo da caixa de pizza, não são recicláveis.

Depois, entre no site www.ecourbis.com.br e, na aba Horário da Coleta, informe-se sobre data e hora em que o equipe de coleta seletiva passa em sua rua. A concessionária Ecourbis Ambiental é responsável tanto pela coleta tradicional quanto seletiva nas zonas sul e leste da cidade.

Cada um desses serviços é prestado em dias diferentes e o site informa aos munícipes o cronograma correto para que o descarte seja feito até duas horas antes do horário previsto para o caminhão passar na via. Nos endereços onde a coleta é noturna, os sacos podem ser colocados na calçada a partir das 18 horas.

Afinal, se os sacos ficarem muito tempo na rua podem ser vandalizados. A atenção ao horário evita que o lixo comum ou os materiais recicláveis sejam levados pela enxurrada, atacados por animais, etc. E lembre-se de sempre de não misturar lixo comum com materiais recicláveis.

4. Desconectar é preciso

Resíduos eletrônicos são um desafio da sociedade moderna. Seja pelo grande volume, pela reciclabilidade ainda limitada ou pelo risco de poluição.

Então, além de evitar trocas constantes de celular e outros equipamentos, comprar mais dispositivos do que o necessário, é importante saber dividir o tempo entre as inevitáveis atividades online e longe das telas. Desconectar da internet e se distanciar de dispositivos tecnológicos ajuda a descansar a mente, reduzir o estresse e melhorar o bem-estar geral, permitindo uma conexão com as pessoas próximas. E tem mais: aproveitar atividades ao ar livre ainda promove consciência ambiental e estimula a proteção de recursos naturais.

A dica é estabelecer horários específicos para usar a internet e, fora desses momentos, dedicar seu tempo a atividades como caminhar ao ar livre, praticar um hobby ou passar tempo com amigos e família. Você também pode tentar criar uma rotina diária que inclua momentos de descanso longe das telas.

5. Use bem a tecnologia

Por outro lado, a tecnologia pode ajudar a proteger recursos naturais. A internet traz informações muito importantes para quem quer evitar a geração de resíduos e o descarte incorreto, por exemplo.
Sites de receitas trazem dicas para evitar o desperdício e ajudam a calcular a comida em quantidade suficiente para que nada seja jogado fora. Até o uso de cascas, folhas e sementes é ensinado, bem como a compostagem, técnica que transforma sobras cruas e sem tempero dos alimentos em adubo, que pode ajudar seu jardim.

Há ainda dicas para trocas de produtos entre consumidores, evitando compras desnecessárias e auxiliando a economia doméstica. Outros endereços online indicam pontos de descarte de cada tipo de resíduo.

O site www.prefeitura.sp.gov.br traz endereços de ecopontos, onde se pode descartar diariamente, sem custo algum, itens como entulho, móveis quebrados, bagulhos (pneus, tambores, folhagens de podas etc). Outra informação importante é o calendário das Operações Cata-Bagulho, em que os munícipes podem descartar até eletroeletrônicos na própria calçada, desde que na data e horário programados para sua rua. A internet ensina ainda a reaproveitar roupas, indica marcas que já fazem recolhimento de tecidos e roupas em mau estado de conservação para doação. Há até aplicativos e sites que facilitam o compartilhamento de aparelhos como furadeiras, batedeiras e outros pouco usados. Indica ainda instituições de caridade e organizações governamentais que aceitam doações dos mais diferentes tipos de produtos, prolongando a vida útil de cada um deles.

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