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Saúde

Mosquito Aedes aegypti traz riscos de epidemias mundiais

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou hoje esta semana situação de emergência em saúde pública de interesse internacional em razão do aumento de casos de infecção pelo vírus Zika identificados em diversos países e de uma possível relação da doença com quadros registrados de malformação congênita e síndromes neurológicas, como a microcefalia em bebês gerados por gestantes que contraíram o vírus.

Durante coletiva de imprensa, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, destacou que ainda é necessário comprovar cientificamente a ligação entre infecções pelo vírus Zika em gestantes e casos de microcefalia em bebês. As evidências, entretanto, são consideradas fortes pelos especialistas do grupo. “É preciso investigar e entender melhor a relação”, disse. Ela avaliou que a ausência de uma vacina contra o Zika e de testes de diagnóstico confiáveis somados à falta de imunidade na população dos países afetados pelo vírus constituem fatores de preocupação.

A diretora-geral da OMS também recomendou que grávidas evitem viagens para locais onde há circulação do vírus Zika. O Brasil fechou 2015 com o registro de 1.649.008 casos prováveis de dengue, número 178% maior que o de 2014. No período, foram confirmadas 843 mortes pela doença. Em 2014, foram 473 mortes.

São Paulo é o estado com maior número absoluto de casos, o salto foi de 226.866 (2014) para 733.490 (2015). Goiás foi o estado com a maior proporção de pessoas com dengue: 2,5 mil casos por 100 mil habitantes. Em seguida, São Paulo, com 1.665, e Pernambuco, com 1.107.

Em 2015, foram confirmados 1.569 casos de dengue grave e 20.329 casos de dengue com sinais de alarme. No mesmo período de 2014, foram 764 casos de dengue grave e 8.436 casos de dengue com sinais de alarme. Em 2015, o pico de incidência de infecções por dengue ocorreu em abril.

Chikungunya

Em 2015 foram notificados 20.661 casos autóctones suspeitos de febre de chikungunya, que, assim com a dengue, também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Em 2014, o quantitativo chegou a 3.657. Ao todo, 7.823 foram confirmados, sendo 560 por critério laboratorial e 7.263 clínico-epidemiológico. O restante ainda está em investigação. De acordo com os dados,18 estados registraram a circulação do vírus.

No período, registraram-se três óbitos pela doença no Brasil, sendo dois na Bahia e um em Sergipe. Conforme as investigações, esses óbitos ocorreram em pessoas com idade avançada – 85, 83 e 75 anos – e com histórico de doenças crônicas preexistentes.
As infecções por dengue e por chikungunya têm os mesmos vetores e praticamente os mesmos sintomas. As peculiaridades são que, enquanto a dengue tem evolução mais grave, a febre chikungunya é considerada mais leve, mas com dores mais intensas nas articulações.

Zika

Ao contrário da dengue e da febre chikungunya, a infecção pelo vírus Zika, também transmitida pelo Aedes aegypti, não tem notificação obrigatória no Brasil, já que 80% dos casos não apresentam sintomas.

Dessa forma, o Ministério da Saúde não tem registro do número de casos. Entretanto, o boletim epidemiológico revela que, em 2015, o vírus foi transmitido em 19 estados. Em 2016, o Distrito Federal foi a 20ª unidade da Federação a entrar nesta lista.

A princípio, o Zika era considerado o vírus mais brando entre os três transmitidos pelo Aedes aegypti. Porém, em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde confirmou que, quando uma gestante é infectada pelo vírus, ela pode gerar uma criança com microcefalia, uma má-formação irreversível.

A partir desta edição, o Jornal SP Zona Sul passa a publicar uma série de reportagens para contribuir com a prevenção ao mosquito.

Com informações da Agência Brasil

 

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