História
Metrô mudou paisagem e atraiu novos moradores ao Jabaquara na década de 70
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O SPZS está comparando presente e passado, relembrando fatos, mostrando como o crescimento desordenado da cidade responde por problemas da atualidade. Em nosso site, confira a comparação entre as imagens com efeito especial. E mais novidades virão, aguardem!
Em 1968, foi criada a companhia do Metropolitano, ainda como um órgão municipal. As obras para criar a primeira linha de trens subterrâneos na capital começou em seguida, mas só em setembro de 1974 seriam feitas as primeiras viagens, ainda em caráter experimental, entre as estações já prontas – do Jabaquara à Vila Mariana.
Inegavelmente, o metrô trouxe benefícios e conectou bairros mais longínquos à região central onde se concentravam os empregos, em uma São Paulo ainda habitada por 6 milhões de pessoas – a metade da população atual.
Os bairros ao longo da Linha 1 – Azul, aos poucos seriam valorizados e cresceriam com atração de novos moradores.
Muita coisa mudou na paisagem daquele tempo para os atuais, mas ao se observar a estação Jabaquara – que também ganharia um Terminal Metropolitano de Ônibus na década de 1980, percebe-se algo curioso: o céu continua basicamente o mesmo, ou seja, poucos prédios foram construídos no entorno da estação, no sentido bairro-centro.
Isso se explica pela história do vizinho bairro da Cidade Vargas, que se formou bem antes, na década de 1940.
O terreno que deu origem ao bairro – parte de terrenos da família Cantarella que foram loteados por todo Jabaquara – havia sido adquirido pelos Sindicatos dos Conmerciários e dos Jornalistas.
Essas duas associações facilitaram a compra dos imóveis entre seus sindicalizados e promoveu ali a construção de uma espécie de condomínio planejado horizontal – só não fechado.
A construção do terminal de ônibus na década de 1980 trouxe outras desapropriações de muitos desses imóveis, mas a união entre moradores impediu a descaracterização completa.
Atualmente, o bairro é configurado como Z! em sua maior parte pela Lei de Zoneamento. E isso quer dizer que a construção de edifícios é proibida no bairro, bem como a implantação de novos estabelecimentos comerciais.
Embora a limitação seja questionada por parte dos moradores, é ela que ainda garante a existência de poucos edifícios, com maior capacidade de insolação e ventilação nas ruas do bairro.