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Médicos residentes entram em greve no Hospital São Paulo

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Faltam remédios que custam centavos. Faltam luvas cirúrgicas e outros equipamentos simples de proteção. Mas não é só isso – até as refeições de crianças internadas estava deficitária, sem proteína (carne, frango…) e muitos pais eram obrigados a trazer alimentos de casa. Esse cenário triste é de um dos principais hospitais do país, referência em atendimento público e universal, totalmente gratuito: o Hospital São Paulo.

Essa semana, os médicos residentes da unidade anunciaram uma greve e promoveram protesto na entrada do Hospital, em luta por melhores condições.

Ligado à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, o HSP sempre foi referência em atendimento por conta das equipes altamente capacitadas. Sempre enfrentou dificuldades, é verdade, mas agora com a pandemia e a grande procura por pacientes Covid, a situação se agravou.

Vale ainda ressaltar que, com a recente crise econômica e o aumento do desemprego, muitos abriram mão de planos de saúde particulares e passaram a recorrer ao Hospital e outros equipamentos públicos.

Essa semana, a situação está ainda mais complexa, com o fechamento de prontos socorros estaduais para o público em geral – só pacientes com Covid estão sendo atendidos.

Já desde o início da pandemia, há praticamente um ano, o Hospital vem promovendo campanhas para conseguir o apoio da população com doações de produtos básicos.

Uma ação voluntária – que pode ser encontrada em redes sociais em @voluntariado epm – tem divulgado pedidos que vão de itens de proteção hospitalar até doações em dinheiro, mesmo, para que esses itens possam ser comprados.

“A ajuda está sendo crucial nesse momento”, anuncia o grupo nas redes. E essa semana, publicou uma explicação sobre a situação atual. “O Hospital São Paulo está recebendo inúmeros pacientes com COVID-19. No entanto, nós ainda estamos recebendo as doenças de alta complexidade que tratávamos antes. Dessa forma, a quantidade de pacientes do hospital aumentou, aumentando o uso de insumos. Esses insumos, como luvas, por sua vez, ficaram mais caros devido à alta demanda no mundo. Assim, os gastos do hospital subiram muito”, apontam.

Solicitam também a continuidade da doação de de luvas (cirúrgicas, estéreis, de procedimentos…), aventais e máscara N95. As doações podem ser entregues no Colsan – Rua Borges Lagoa, 570  – Vila Clementino.

Informações também pelo WhatsApp (11) 99100-6224.

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