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Saúde

Médicos residentes entram em greve no Hospital S.Paulo

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Os médicos residentes do Hospital São Paulo, ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entraram em greve na terça, 23. Na semana passada, os atendimentos para cirurgias não emergenciais e tratamentos especializados já havia sido suspenso no hospital. Com a adesão dos residentes, também o ambulatório teve atividades suspensas e agora só os casos de emergência têm sido atendidos.
Procurada, a Unifesp informou que a Diretoria do HSP/HU/Unifesp esteve reunida com os residentes na manhã desta quarta-feira, 24/06, quando foram repassadas as negociações com a Secretaria de Estado da Saúde e EBSERH. O Hospital São Paulo também está negociando com a Secretaria do Município para apoio no atendimento de baixa complexidade.
A nota diz ainda que a Diretoria do Hospital São Paulo recebeu na terça, 23, o depósito no valor de R$ 3 milhões da Secretaria de Estado da Saúde e que já está efetivando a compra de insumos hospitalares. Por fim, informou que em reunião com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), foi homologado o orçamento de 2015 e confirmada a primeira descentralização do REHUF, cuja parte correspondente ao Hospital São Paulo será de aproximadamente R$ 6 milhões. A segunda parcela de valor semelhante deverá ser liberada em julho.
Residentes
Os residentes alegam que estão em greve por melhores condições. Para o presidente da Associação dos Médicos Residentes da Escola Paulista de Medicina, Klaus Nunes Ficher, as condições de trabalho são insalubres e não permitem o exercício digno da profissão. Além disso, são antiéticas, uma vez que “não se consegue dar à população atendimento com qualidade”.
Ficher disse que, no mês passado, os médicos ficaram sem tomógrafo, porque não havia dinheiro para pagar a manutenção. “Também faltam antibióticos, o que dificulta o tratamento de pacientes graves, do pronto-socorro e da terapia intensiva.”
O médico destacou que, com a greve, cerca de 4 mil consultas ambulatoriais deixarão de ser feitas. “O pronto-socorro vai funcionar com apenas 30% da capacidade. Atualmente 1,1 mil médicos residentes trabalham no local.
De acordo com Ficher, a categoria está em constante negociação com a diretoria do hospital. “Boa parte de nossa pauta depende de fatores externos à universidade. A Unifesp sofreu um corte no orçamento de 40% do repasse do governo federal, o que impactou diretamente no atendimento do Hospital São Paulo.”
Superlotação
Na semana passada, o conselho gestor do hospital decidiu suspender os atendimentos para cirurgias não emergenciais e tratamentos especializados, alegando superlotação e crise financeira.
A Unifesp alega que há uma demanda excessiva de pacientes no serviço de urgência e emergência, por causa da desestruturação de outras unidades de atendimento de saúde pública, seja por falta de médicos ou por falta de recursos.

 

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