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Medalhas em Tóquio são feitas com lixo eletrônico

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Foto: The Tokyo Organising Committee of the Olympic Games

Durante as Olimpíadas do Rio, em 2016, o foco era valorizar a diversidade e a natureza brasileira. Assim, o comitê inovou e as medalhas foram feitas parcialmente de material reciclável – mais de 30% da prata e do bronze da composição eram reciclados e o ouro isento de enxofre.

Também os estojos das medalhas eram reciclados e de madeira certificada, oriunda de área de manejo ambiental sustentável e socialmente responsável. Já naquela época, os representantes de Tóquio garantiam que seguiriam na mesma linha de valorizar a sustentabilidade nos Jogos que estão acontecendo agora.

Os japoneses optaram em fazer toda a medalha com material reciclado. Para tanto, foram retirados ouro, prata e bronze do lixo eletrônico – lembrando que o Japão é um dos países que mais gera esse tipo de resíduo no mundo.

Foram 79 mil toneladas de lixo tecnológico, de onde foram extraídos 32 quilos de ouro, 3,5 quilos de prata e 2,2 quilos de bronze que compõem cada medalha

No total, são 5 mil medalhas entregues aos atletas dos jogos Olímpicos e os organizadores começaram a coletar celulares descartados em abril de 2017 e seguiram com o projeto até março de 2018. Por todo o país, foram espalhados mais de 18 mil pontos de coleta.

Segundo a organização dos Jogos, foram coletados, aproximadamente, 6,21 milhões de aparelhos celulares usados em 90% dos municípios japoneses – mais de 1600 vilas e cidades, no total.

Um dos grandes desafios do mundo é dar um destino certo ao lixo eletrônico. Quase 54 milhões de toneladas devem ser geradas, nos próximos sete anos. E o Brasil é um dos maiores produtores desse tipo de resíduo.

Em termos mundiais, o Japão é o terceiro maior gerador de lixo eletrônico, atrás de Estados Unidos e China. O Brasil ocupa a sexta posição e, na América Latina, é o pais que mais gera o chamado “e-lixo”.

Há diferentes iniciativas criadas para auxiliar as pessoas a descartar o lixo eletrônico corretamente.  No site da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (abinee.org.br)   é possível encontrar endereços de pontos de entrega de equipamentos. Também no site da Abree (abree.org.br) há mais de 1300 endereços relacionados, por todo país.

A USP conta com o CEDIR,  na Av. Professor Lúcio Martins Rodrigues, Travessa 4, n° 380, dentro da Cidade Universitária da USP. O centro está no Lassu, Laboratório de Sustentabilidade da Poli/USP. Para quem quiser fazer o descarte de equipamentos eletrônicos no Cedir, deve primeiro agendar no e-mail: cedir@usp.br, como disse a professora. Há também os seguintes telefones para contato: 3091-8238 ou 3091-8237. Alguns dos equipamentos aceitos são: CDs, DVDs, CPU, impressoras, monitores, mouses, scanners, teclados, telefones, celulares e webcams.

O Governo Federal também mantem um projeto para equipar bibliotecas e outros espaços educacionais com computadores doados e reciclados por Ongs parceiras. Para doar, é preciso encaminhar ofício descrevendo o material para o Departamento de Projetos de Infraestrutura de Telecomunicações e Banda Larga- Esplanada dos Ministérios, Bloco R, anexo. Sala 300- E-mail: desfazimento.setel@mcom.gov.br. Assunto do e-mail: Desfazimento de Bens de Informática – (nome do órgão)

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