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Linha Ouro tem obras retomadas. De novo

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linha 17 monotrilho

É uma novela que parece não ter fim. Embora o paulistano já esteja acostumado com seguidos atrasos nas previsões, quando se trata de obras do metrô, o caso da Linha Ouro – 17 – em monotrilho chama especial atenção. As obras começaram em 2008 com a proposta de ligar o Aeroporto de Congonhas à malha metroviária e já com uma previsão de conexão inicial de trecho até 2010! Mas, o projeto inicial acabou abandonado – ligaria a estação São Judas ao Aeroporto – e a obra então passou a ser planejada para melhorar a circulação de turistas durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

A Copa passou, passou também a seguinte – na França – e já estamos perto da Copa do Qatar, que acontecerá,  excepcionalmente, no final do ano, entre Novembro e dezembro de 2022. Será que até lá a linha Ouro estará funcionando?

A atual previsão do Governo do Estado é exatamente essa: que os trens em pista elevada comecem a circular no final do próximo ano. Será?

Essa semana, o Vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, acompanhou o lançamento da primeira viga-guia da Linha 17-Ouro no trecho da Marginal Pinheiros, em construção pelo Metrô. A ação marcou a retomada da implementação da via por onde vão passar os trens do monotrilho.

A operação envolve o uso de um equipamento específico instalado próximo à estação Morumbi, chamado de “treliça lançadeira”, que vai fazer o lançamento de 129 vigas na região da Marginal Pinheiros até o início do próximo ano, de um total de 137 vigas que faltam para concluir as vias da Linha 17. Ao todo, a linha contará com 573 vigas, sendo que a maioria já foi instalada.

“Voltamos também com as obras das estações e conseguimos uma nova fabricante para os trens que vão ligar o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos”, reforça Alexandre Baldy, Secretário dos Transportes Metropolitanos.

Essa treliça vai receber as vigas ao lado da pista da Marginal, elevá-las a uma altura de mais de 15 metros e passar sobre a via férrea da Linha 9-Esmeralda, chegando a lateral do Rio Pinheiros. Neste local, a própria treliça movimenta a guia, posicionando-a no local exato onde ela ficará. Uma outra estrutura igual vem sendo montada entre as pontes Estaiada e do Morumbi, para agilizar a colocação das vigas em outro trecho.

Para garantir a segurança dos envolvidos, o lançamento será feito ao longo das madrugadas, quando a Linha 9 da CPTM está fechada. Ao longo do dia, as atividades serão preparatórias, recebendo e elevando as vigas. As “treliças lançadeiras” têm cerca de 70 metros de comprimento, com capacidade de carga de 140 toneladas, podendo lançar as vigas em uma distância de até 45 metros.  Cada viga é feita de concreto com 30 metros de comprimento por dois metros de altura, pesando 90 toneladas. Servem como uma espécie de trilho, para que os trens do monotrilho circulem sobre elas com pneus.

As obras do trecho prioritário da Linha 17-Ouro – com 7,7 km e oito estações entre o Aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi – foram retomadas na gestão Doria, após a rescisão de contratos parados de obras e fabricação de trens. Novas licitações foram feitas, possibilitando a volta das atividades de construção de sete estações e do Pátio.

A oitava, Morumbi faz parte de outro contrato -, além da complementação da via e fabricação dos trens. A meta é concluir esse trecho até o fim de 2022, para ligar o Aeroporto de Congonhas à malha de transporte sobre trilhos, com conexão direta às linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda.

Há também trechos projetados, como a ligação da estação Jabaquara ao monotrilho, sem qualquer previsão de implantação

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