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Linha 5 tem operação lenta, dizem usuários

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Os números indicam o que os passageiros já sentiram: a linha 5 – Lilás está superlotada. E muitos dos passageiros têm a sensação que as plataformas são estreitas, bem como os trens que fazem a linha.
O mais recente trecho inaugurado do metrô, que conecta a linha Lilás com as linhas Azul, na estação Santa Cruz, e Verde, na estação Chácara Klabin, se transformou em alternativa preferida por usuários do transporte público que precisam circular entre o extremo sul da capital e outras regiões conectadas pelo metrô.

Matéria recente publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, com dados da SPTrans, mostra que o corredor de ônibus Vereador José Diniz-Ibirapuera-Santa Cruz teve uma redução de 13% no número de passageiros transportados logo após a inauguração de estações da linha 5-lilás do metrô – na comparação entre outubro de 2018 e outubro de 2017. E nessa época a linha ainda nem estava completa – faltava a inauguração da estação Campo Belo, que só passou a operar em abril desse ano.

Por outro lado, os usuários do sistema também estão apelidando o trecho como “Linha Tartaruga”. Reclamam não só da superlotação de estações – especialmente Santo Amaro, Capão Redondo, Vila das Belezas e Santa Cruz – como também do grande intervalo entre os trens, o que congestiona ainda mais o sistema.

A Linha 5 é operada pela concessionária Via Mobilidade, ou seja, não é administrada diretamente pelo metrô, já que foi alvo de concessão pelo Governo do Estado.

Procurada a se posicionar sobre as queixas dos usuários, a empresa informou que a Linha 5-Lilás transporta hoje quase 600 mil passageiros por dia útil nas suas 17 estações, acréscimo de 90% em relação a 4 de agosto de 2018, quando a concessionária assumiu a operação da Linha. Para atender essa demanda, atualmente estão em circulação 24 trens.

Houve uma significativa ampliação da operação em relação a agosto do ano passado, quando o trecho operacional era compreendido por 10 estações de Capão Redondo a Moema e 16 trens em circulação. A Linha transportava 320 mil passageiros por dia útil.

A concessionária ainda esclareceu que “as intercorrências na operação estão relacionadas ao estágio de expansão da linha com a inclusão de novos trechos, como ocorre em projetos de complexidade semelhante e seguem o processo natural de maturação da operação”.

24 de Maio

Boa parte das queixas recentes dos usuários se refere à lentidão registrada no dia 24 de maio.

Segundo a concessionária, nessa data, a operação teve de ser paralisada para retirada de usuário que acessou indevidamente a via na Estação Santo Amaro, o que causou impacto no volume de passageiros nas plataformas das demais estações. Posteriormente, um equipamento de via na região de Adolfo Pinheiro apresentou problemas intermitentes.

As estações da linha 5 deveriam ter sido inauguradas já com portas de segurança nas plataformas, mas só agora várias delas estão recebendo o equipamento. Em alguns casos, a previsão é de que só no final do ano que vem as portas estarão implantadas.

Com relação à capacidade menor dos trens da linha, a concessionária desmente, alegando que podem transportar 1,5 mil passageiros, idêntica às demais composições da rede metroviária.
A concessionária é também responsável pela manutenção da rede, mas não respondeu a outra denúncia feita por passageiros, de que algumas das estações recém inauguradas- como Eucaliptos e Hospital São Paulo – apresentam problemas de goteira e piso consequentemente escorregadio em dias de chuva.

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