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Transporte

Linha 5 tem novo atraso e estações só devem ser inauguradas em agosto

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Ao lado da estação AACD/Servidor, como o nome indica, há uma entidade de apoio a pessoas com deficiências físicas e um Hospital que atende milhares de servidores públicos estaduais, muitos deles idosos. Ao lado da estação Hospital São Paulo, está uma das únicas instituições do país de atendimento em saúde do país. Mas, quem tenta acessar qualquer uma dessas duas unidades usando a malha metroviária não consegue. Pelo menos enquanto as duas estações estiverem, como agora, fechadas.

As duas paradas já deveriam ter sido inauguradas há mais de um ano, assim como as estações de interligação com outras linhas da malha paulistana – Santa Cruz e Chácara Klabin. Entretanto, as inaugurações vêm sendo adiadas repetidamente, com anúncios de novos prazos que nunca são cumpridos.

Essa semana, o metrô anunciou novamente que a população vai ter de esperar para poder usar as estações localizadas nas proximidades de hospitais e parques da região de Moema e Vila Clementino. As quatro paradas agora foram prometidas para agosto.

A previsão inicial de funcionamento da expansão da Linha 5 era, na verdade, 2012. Mas diversos fatores foram provocando constantes atrasos e mudanças nas promessas. Em 2016, começaram a ser anunciadas as aberturas, com indicação de que até meados do ano passado estariam em operação.

Depois disso, uma sucessão de novas datas deixou a população desacreditada.
Quem passa em frente às estações AACD Servidor e Hospital São Paulo pode até ter a impressão de que as duas estão em funcionamento, porque as obras estão totalmente concluídas, aparentemente. Já as estações Klabin e, principalmente, Santa Cruz parecem ainda longe de terminar, com grande circulação de operários, caminhões, muito material de construção, sujeira…

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A Estação Campo Belo, no meio do trajeto entre Vila Mariana e Santo Amaro, também tem obras ainda em andamento. Mas, o metrô mantém a previsão de entrega dessa parada para dezembro de 2018.

Moema

Há rumores de que o problema atual que vem provocando atrasos na inauguração da Linha 5 – Lilás está na linha Moema, a última a ter sido inaugurada no trecho.

A parada, localizada junto ao Largo Nossa Senhora Aparecida, abriu suas portas em 5 de abril. Até agora, entretanto, está funcionando em esquema de “operação assistida”, ou seja, com entrada gratuita e apenas em horário limitado, das 9h às 16h.

Procurada, a Companhia do Metropolitano vem alegando que essa situação é normal e ocorre no mundo todo, para ajustes nos equipamentos e testes. Entretanto, a estação Eucaliptos, anterior, foi inaugurada em 2 de março e um mês depois já estava em operação comercial, em horário integral. Há relatos de passageiros sobre “estalos” nos trilhos entre as duas estações e, por conta dessas eventuais falhas, as estações seguintes – AACD e Hospital São Paulo – não teriam sido inauguradas ainda.

A estação Moema foi inaugurada no penúltimo dia de Geraldo Alckmin como governador. Assim como em outras paradas, estava incompleta, sem as portas de segurança nas plataformas.

Ainda assim, o metrô divulgou que segue o moderno padrão arquitetônico que vem sendo adotado em todas as novas estações da Linha 5-Lilás, com a utilização de uma grande cúpula de vidro, que virou marca das novas estações desta linha, na entrada principal de frente a igreja de Moema. Os vidros deste acesso permitem que a luz natural chegue ao interior da estação, gerando economia de energia elétrica e protegendo da incidência de raios ultravioleta.

O projeto arquitetônico todo contempla a inserção de elementos visuais como aberturas cobertas com vidros, que levam a iluminação natural e ventilação do nível da rua até as plataformas. Essas aberturas, conhecidas como “lanternins” estão na praça e também ao lado da entrada da estação.
As novas paradas ainda são totalmente acessíveis, com elevadores que permitem a interligação da rua com as plataformas, escadas rolantes, piso podotátil direcional e fita antiderrapante nas escadas fixas.

Estação Moema, da Linha 5–Lilás do Metrô

Linha da saúde

A ampliação da linha 5-Lilás compreende a construção de 11 km e 11 estações, de Adolfo Pinheiro a Chácara Klabin, além da aquisição de 26 novos trens, implantação do moderno sistema de sinalização e controle – CBTC – em toda a linha e a construção do pátio de manutenção Guido Caloi.
Neste projeto, já foi aberto e está em operação um trecho de 6,9 km com as estações Adolfo Pinheiro (aberta em 2014), Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin (inauguradas em 2017), além de Eucaliptos (aberta em 2018).

O traçado da Linha 5 percorre importantes avenidas que cortam a zona sul, oferecendo para a população acessos a diversos centros comerciais e renomados hospitais, como Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro, Hospital Alvorada, Hospital do Servidor Público Estadual, Hospital Edmundo Vasconcelos, Hospital São Paulo, Hospital Santa Cruz, Hospital Sepaco e outros centros especializados para tratamento como AACD, APAE e Lar São Francisco.

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