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Leilões da Água Espraiada só vão pagar 4 mil casas
Prefeitura pretende construir outras 6 mil em parceria com CDHU
Há algumas semanas, o jornal São Paulo Zona Sul publicou matéria sobre o repasse de recursos da Prefeitura para o projeto de expansão da Linha 5 do metrô – este que agora foi suspenso por conta de suspeita de fraudes no processo (leia mais à página 4). Mas, vale destacar que a verba transferida vem da Operação Urbana Água Espraiada, arrecadada através de leilões de títulos mobiliários, os chamados CEPACs. Acontece que por enquanto o caixa da Operação está muito baixo sequer para começar as obras ou para construir os prometidos apartamentos para as famílias que vivem ao longo do Córrego Água Espraiada, sem falar naquelas que já foram removidas pela Operação, na região do Jardim Edith, e que até hoje não foram atendidas por programas habitacionais.
Esta semana, a Prefeitura publicou em seu site, repetidamente, a informação de que “as operações urbanas na cidade vão construir 11.460 unidades habitacionais”. Detalhe: todas as operações em curso, não só a Água Espraiada.
Nesta, a Prefeitura prevê construir apenas 4 mil no Jabaquara, com o uso da verba arrecadada com a venda dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) ou pelo pagamento de contrapartida, das operações. E confirma que, conforme prevê a lei, todos os imóveis serão construídos dentro do perímetro das operações, que estão entre as áreas mais valorizadas da cidade pelo mercado imobiliário.
Mas, estima-se que existem entre 10 mil e 12 mil famílias vivendo ao longo do córrego Água Espraiada. Sem falar naquelas já removidas do Jardim Edith.
A mesma matéria publicada na internet pela Prefeitura informa que 6 mil unidades serão construídas através de parceria com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), só que não com os recursos dos CEPACs…
A Prefeitura avalia, entretanto, que o total de 10 mil. unidades será suficiente para atender que já vive ao longo do córrego e também a demanda de 840 moradores do Jardim Edith, que ocupavam área de um terreno publico e até mesmo um trecho da Avenida Roberto Marinho.
A nota diz ainda que, das 11.460 unidades, 1.940 já tiveram o início das obras autorizado, sendo 1.135 na zona sul, e 804 na zona leste. A previsão é de que em dois anos estas unidades estarão concluídas.