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Kassab não consegue apoio de vereadores para alterar Operação Água Espraiada

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Moradores do Jabaquara comemoram: Kassab não conseguiu apoio para alterar Operação Água Espraiada

Foi cansativo, mas resultou em uma importante vitória. Esta semana, os moradores da Vila Fachini comemoraram o fato de ter sido retirado da pauta de votação da Câmara Municipal o projeto que autorizaria a Prefeitura a modificar a lei que rege a Operação Urbana Água Espraiada, de modo a permitir uma alteração radical no traçado e no formato da ligação entre a Avenida Jornalista Roberto Marinho e a Rodovia dos Imigrantes.

O texto original, aprovado há dez anos, previa uma avenida, com pequeno trecho em túnel, que terminaria na rodovia na altura do Jardim Lourdes, em uma área desabitada. Agora, o prefeito quer que todo o prolongamento seja feito em subterrâneo, por quase três quilômetros, e com desemboque deste túnel na Vila Fachini, em área fora do perímetro da Operação Urbana e gerando centenas de desapropriações.

Agora, através de um decreto, o prefeito Gilberto Kassab quer autorização para modificar o projeto. Mas, para isso, precisa de 37 votos favoráveis e a bancada governista percebeu que não teria esse apoio. Na semana passada, o projeto já havia sido encaminhado para o plenário, mas não chegava a ser votado. “Eles querem nos cansar”, disse um líder do movimento dos moradores. Ele se referia à presença constante dos manifestantes, que têm ido à Câmara para pressionar os parlamentares e mostrar que o projeto causa contrariedade. No dia em que o projeto foi retirado da pauta, havia cerca de 30 moradores nas galerias e houve bate-boca entre vereadores. Os moradores mantêm um blog na internet em que postam informações sobre o andamento do movimento contrário às mudanças no projeto: www.tragediasocialjabaquara.blogspot.com.

Conexão com Rodovia Bandeirantes

Os moradores também prometem que, mesmo que o decreto venha a ser sancionado, recorrerão à Justiça. Até a Defensoria Pública tem questionado a obra, que ficará muito mais cara que o originalmente previsto por ser em túnel e pelas mudanças nas estimativas de desapropriação. Outro fato que tem trazido desconfiança é a política habitacional para as cerca de dez mil famíias que vivem em favelas ao longo do córrego Água Espraiada. Não está claro quantas unidades serão construídas e em que terreno, ou seja, não se sabe se toda a comunidade será atendida pela Operação Urbana, como determina a legislação vigente.

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