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Esporte

Jovens com deficiência têm oportunidades no esporte

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Os Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019 se encerraram no domingo passado, 1º de setembro, e entram para a história como o que o Brasil mais conquistas acumulou. Após nove dias de competição, nossos atletas chegaram à inédita marca de 308 medalhas, entre as quais 124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Nunca nenhum país somou tantas vitórias em uma única edição de Parapan.

Ao todo, 512 integrantes compuseram a missão brasileira em Lima, sendo 337 atletas, entre os quais atletas-guias, calheiros, goleiros e pilotos, que não possuem deficiência, de 23 estados e do Distrito Federal em 17 modalidades.

O sucesso dos paratletas brasileiros pode inspirar muitas gerações e atrair novos talentos esportivos. Prova disso é a história de um dos maiores medalhistas brasileiros, o nadador Daniel Dias. No ParaPan de Lima, ele conquistou 32 medalhas no total e manteve a performance impressionante das grandes competições mundiais das quais participa.

Daniel sempre ressalta que se encantou pelo esporte paralímpico e pela natação ao ver outro nadador brasileiro, Clodoaldo Silva, ganhar medalhas nas Paraolimpíadas de 2004.

Já nos jogos ParaPanamericanos Rio-2007, três anos depois, portanto, ele se tornaria o maior medalhista brasileiro com 8 medalhas de ouro nas 8 provas disputadas. Atualmente, ele já conta com 33 medalhas em Para Panamericanos e se prepara para disputar o mundial de Natação que acontecem em Londres na próxima semana, de 9 a 15 de setembro.

Em várias de suas entrevistas, Daniel afirma que quer inspirar mais jovens com deficiências para que sigam o mesmo caminho.
Na zona sul paulistana, crianças e jovens com deficiência – física ou intelectual – encontram diversos caminhos para buscar formação esportiva.

O maior e mais conhecido deles é o Centro Paralímpico Brasileiro, que fica no Parque das Fontes do Ipiranga, próximo à estação Jabaquara do metrô.

Recentemente, foi anunciada uma parceria no local, envolvendo as esferas estadual e federal, com o objetivo de promover a iniciação anual de 550 crianças com deficiência de 10 a 17 anos, alunos das redes públicas municipais e estaduais, com a oferta de oito modalidades: atletismo; natação, judô, futebol de 5, vôlei sentado, bocha, goalball e tênis de mesa.

A construção do CPB foi finalizada em 2014. O local tem 95 mil metros quadrados de área construída e busca promover ações que possam posicionar o País entre as maiores potências esportivas do mundo.

Tem instalações esportivas indoor e outdoor que servem para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções em 15 modalidades paralímpicas: atletismo, basquete, esgrima, rúgbi e tênis em cadeira de rodas, bocha, natação, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, triatlo e vôlei sentado.

Outra fonte de talentos para as seleções brasileiras são as Paralimpíadas Escolares (de 12 a 17 anos) e Universitárias, que esse ano foram promovidas em julho, no CPB. Foi a décima edição do evento que contou com 382 atletas de 21 estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Entre eles, 14 foram convocados para representar o país nos Jogos Para Panamericanos em Lima.

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