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Saúde

Hospital São Paulo suspende internações

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Hoje, 19, haverá nova reunião para saber se recursos prometidos por órgãos governamentais serão suficientes para retomar internações

O Conselho Gestor do Hospital São Paulo (HSP), ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), suspendeu temporariamente a internação eletiva, para preservar os pacientes já internados. A decisão passou a valer a partir de ontem, 18 de junho, e foi tomada devido à grave crise financeira pela qual o hospital passa. Estão suspensas internações para cirurgias que não sejam emergenciais e tratamentos especializados.
No fim da tarde de ontem, a assessoria de imprensa da Unifesp divulgou nova nota informando que a Secretaria de Estado da Saúde prometeu R$ 3 milhões à instituição mediante a normalização das internações eletivas.
A nota diz ainda que também houve contato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), durante o qual foi confirmado o envio de R$ 4 milhões referentes ao Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF).
Por conta disso, a diretoria e o conselho gestor do HSP iriam se reunir nesta sexta, 19, para analisar a possibilidade de retomar as internações eletivas diante do cenário de greve de servidores federais que atuam no hospital.
Histórico
A situação orçamentária do Hospital São Paulo é crítica há algum tempo e, por isso, a diretoria está em negociação com o Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e os gestores locais para resolver o problema. Não há prazo para o serviço ser normalizado e, segundo o hospital, isso dependerá de avaliações diárias.
O hospital alega estar enfrentando uma enorme demanda no Serviço de Urgência e Emergência com pacientes graves que se dirigem ao pronto-socorro por conta da desestruturação de outras unidades de atendimento de saúde públicas, seja por falta de médicos ou por falta de recursos.“Essas situações inevitavelmente impactam e sobrecarregam o pronto-socorro e a equipe profissional. Atendemos cerca de 900 casos por dia no Serviço de Urgência e Emergência”, dizia a nota do HSP.
A situação ainda seria agravada pela greve dos servidores públicos federais que retirou dos postos de trabalho diversos profissionais, principalmente auxiliares, técnicos e enfermeiros, o que contribuiu para a capacidade de atendimento nas unidades de internação.
A Unifesp vem há tempos também se queixando da falta de repasses pelo Ministério da Educação, já que o Hospital São Paulo é um hospital universitário. Segundo a universidade, no dia 11 de junho, o MEC anunciou um corte (redução no limite de empenho) de 47% nos orçamentos de capital em todas as Universidades Federais. No caso da Unifesp, isso representa uma redução de R$ 25 milhões em investimentos em projetos, obras, acervos, equipamentos e mobiliário e, de acordo com a universidade, já este orçamento que já estava aquém das necessidades.
A Unifesp alega que, estimulada pelo governo federal nos últimos anos, vêm realizando uma enorme expansão de vagas, sem o planejamento e o investimento em infraestrutura à altura dessa ampliação, além da necessária modernização e regularização do patrimônio.

 

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