Saúde
Hospital São Paulo: acabou greve de médicos residentes
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Os médicos residentes do Complexo Hospitalar do Hospital São Paulo, hospital universitário da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp, conhecida como Escola Paulista de Medicina), decidiram suspender na última sexta feira, 3 de julho, em assembleia, suspender a greve instaurada em 23 de junho.
O motivo da pausa é a abertura do conselho gestor às negociações e garantia de que os equipamentos parados voltarão a funcionar e de que os estoques de medicamentos serão suficiente. Os médicos também decidiram reavaliar a situação daqui a duas semanas e voltam a atender, mas permanecem em “estado de greve”.
Para o diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Gerson Salvador, a luta foi em defesa da assistência digna e a vitória foi para a população. “Garantir medicamentos e equipamentos é o mínimo para que o atendimento seja feito de maneira adequada. Conseguir que isso seja garantido pelo hospital prova que o movimento atingiu seus objetivos. Agora teremos que acompanhar o andamento das ações do hospital para que as promessas sejam realmente cumpridas”, declara.
Segundo o presidente da Associação dos Médicos Residentes da Escola Paulista de Medicina (Amerepam), Klaus Nunes Ficher, suspender a greve nesse momento não é sinônimo de término das mobilizações. “Não vamos tolerar que pacientes fiquem nos corredores. Nosso ‘estado de greve’ é um alerta para que os gestores do hospital assumam suas responsabilidades”, sinaliza.
Em entrevista à Agência Brasil, Ficher disse que os médicos residentes continuarão mobilizados. “Optamos por suspender temporariamente a greve porque alguns avanços foram conquistados, mas o movimento ficará atento.”
De acordo com Ficher, que é residente de clínica médica, entre os avanços conquistados estão o repasse de R$ 6 milhões do Ministério da Saúde para o Hospital São Paulo, como parte do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais, desenvolvido e financiado em parceria com o Ministério da Educação. Segundo o médico, o repasse deveria ter ocorrido há tempos, mas só foi destinado ao hospital nesta semana. Ficher acrescentou que, além disso, o governo estadual também reverteu o corte de 10% no hospital.
Os cerca de 1,1 médicos residentes do Hospital São Paulo entraram em greve em protesto contra as condições de trabalho. Para eles, o atendimento à população fica prejudicado com o corte do repasse de verbas dos governos federal e estadual.
Em nota, o Hospital São Paulo confirmou a suspensão da greve.
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Edilene
28 de agosto de 2015 at 0:12
Acabou a greve realmente ?