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Urbanismo

Haddad defende gestão civilizatória para cidade

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Fernando Haddad se levanta já impaciente depois de responder, pela segunda vez, que a redução da velocidade nas Marginais dos rios Pinheiros e Tietê, recentemente implantada, deve salvar vidas, com diminuição dos acidentes. Em entrevista coletiva a jornais de bairro, várias das perguntas insistiam na perda de popularidade por conta das medidas.
O prefeito contou que estava em Roma, reunido com outros prefeitos, quando soube de ação na Justiça para reduzir a velocidade. os críticos estão errados em relação à velocidade das vias. “O mundo inteiro está inconformado com a atitude da OAB de São Paulo. Eu estava em Roma quando chegou a notícia que o presidente da Ordem tinha entrado com uma ação judicial contra a Prefeitura. Só não foi motivo de piada, porque ficou todo mundo de queixo caído”, contou.
“Estamos construindo uma cidade muito mais civilizada do que se está acostumado. Você está acostumado com histeria, você está acostumado com um tipo de cidade que não funciona, você está acostumado com a barbárie. São Paulo tem a turma da barbárie, nós somos a turma da civilização, estamos trazendo civilização para a cidade, não é barbárie. A barbárie é o que estava. Civilização é como vai ficar, aliás, como já está ficando. Porque quando uma pessoa lá de Itaquera levava uma hora e 50 minutos para chegar até o Parque Dom Pedro eu não via ninguém indignado. Agora que leva 47 minutos estão indignados com o quê? Vocês deveriam fazer um ato de fé a favor da civilização contra a barbárie, vocês têm a obrigação de lutar contra a barbárie”, defendeu o prefeito.
Haddad admitiu que o cenário internacional e nacional de crise econômica tem dificultado o trabalho da Prefeitura – aliás, segundo ele, de todas as prefeituras no país.
Mas, garante, mesmo com o crescimento zero, que chega a ser negativo em 2% no estado de São Paulo, foi possível tomar medidas importantes. Cita as praças com internet livre, as ciclovias, as faixas exclusivas para ônibus, os hospitais em construção (veja matéria abaixo), a ampliação da coleta seletiva e exalta o fato de ter trocado 240 mil luminárias pela cidade, o que corresponde a um terço do parque instalado.
O prefeito ainda estendeu o recado, apontando que há demagogia em muitas críticas. Eu prefiro deixar um legado para a cidade sério, que vai ser apreciado, do que tomar uma decisão equivocada. De demagogia a população vai ficar farta um dia. A demagogia é a corrupção da política. Quem não tem coragem de governar, não deveria nem se arriscar. Demagogo não precisa ler nada: ele faz uma pesquisa de opinião e toma uma decisão coerente com aquela pesquisa, sem testar aquilo que pode efetivamente trazer benefícios de médio e longo prazo na cidade”, concluiu.

 

 

Antigo Hospital Santa Marina foi “ótima oportunidade”, avalia prefeito

Durante a coletiva, Haddad ainda falou sobre a redução de poder nas subprefeituras e sobre a compra do antigo Hospital Santa Marina.
Haddad avalia que houve recuo no processo de fortalecimento das subprefeituras. “Houve uma recentralização muito forte na administração anterior. Eu não estou convencido de que o problema é descentralizar orçamento. Eu estou convencido de que a gente tem descentralizar poder”, disse sem, entretanto, apontar como isto aconteceria ainda nesta gestão.
O prefeito também comentou sobre a aquisição do antigo Hospital Santa Marina, que está em reformas e deve ser aberto ainda este ano.
“Eu havia me comprometido na campanha com três hospitais gerais. Fazia muitos anos que São Paulo não começava uma obra nova de hospital”, disse.
O prefeito explicou que dois estão em obras – o de Parelheiros e o da Brasilândia. E aí avaliou que a melhor opção para a terceira unidade foi o antigo hospital particular do Jabaquara. “Apareceu uma oportunidade, que eu não pude dispensar, o leilão do hospital Santa Marina, que foi comprado por menos da metade do preço de um hospital”, pontuou.
Para Haddad, a aquisição ainda representará outras vantagens para a cidade, já que a unidade terá custeio garantido pelo governo federal. “Além de comprar pela metade do preço o equipamento, eu ainda ganhei o custeio. A cada dois anos de custeio, é um hospital novo para a cidade. Não dava para perder esta oportunidade.”, finalizou.

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Helena Couto

    10 de agosto de 2015 at 17:14

    Quando o Hospital Santa Marina será inaugurado?

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