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Urbanismo

Haddad apresenta plano de metas

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Documento, que já foi levado à Câmara Municipal, será discutido também nas subprefeituras

 
Números estão dando o que falar neste início da gestão Fernando Haddad. E gerando polêmica. Esta semana, o prefeito apresentou, como determina a lei, um programa de metas. São 100 objetivos, mas que agrupam diversas propostas cada um deles.

“Na administração anterior, cada hospital prometido era uma meta. Meta um, hospital um, meta dois, hospital dois, e assim por diante. Nós agrupamos: uma das metas é construir três hospitais”, disse ontem o prefeito Fernando Haddad ao apresentar o Programa na Câmara dos Vereadores.

No mandato anterior, o prefeito Gilberto Kassab apresentou 223 metas, mas cumpriu apenas 123. Agora, o plano de Haddad, disponível na página da Prefeitura na internet (www.capital.sp.gov.br) agrupa obras e projetos em tópicos que, segundo o prefeito, sintetizem seu plano.

O prefeito garante, entretanto, que o plano não está concluído e que a população poderá participar, em assembleias nas subprefeituras. Também haverá uma ferramenta para acompanhar a execução das promessas através da internet. O plano exigirá um investimento de cerca de R$ 23 bilhões nos próximos quatro anos.

“Há um sentimento participativo na cidade que nós temos que acolher, porque tudo que não queremos é uma sociedade apática. Instalamos o Conselho da Cidade para que toda diversidade seja representada. Nós entendemos que a divergência é uma força para levar ao entendimento”, disse Haddad.

Ao todo, serão realizadas 35 audiências públicas – uma em cada subprefeitura -, uma para cada um dos três eixos temáticos e outra que será realizada na Câmara Municipal.

A oposição, entretanto, criticou. “O prefeito cortou 618, das 718 promessas de campanha”, declarou Andrea Matarazzo (PSDB). “Ele ignorou boa parte das promessas de feitas para conseguir se reeleger.” Na mesma Linha, Aurélio Nomura (PSDB), afirmou que trata-se de “um plano cauteloso, um plano que poderia avançar mais”.

A secretária de planejamento do município, Leda Paulani, também esteve na Câmara e defendeu o documento. “Seria irresponsabilidade se a gente dependesse de milagres orçamentários. Então a gente fez um plano de metas absolutamente coerente com o programa de governo do prefeito e que a gente julga factível”, afirmou.

As metas foram divididas por sua equipe em três eixos: compromissos com os direitos sociais e civis; desenvolvimento econômico sustentável com redução das desigualdades; e gestão descentralizada, participativa e transparente.

Entre as ações previstas, está a construção de 150 quilômetros de corredores de ônibus e o aumento da velocidade para 25 km/h nos horários de pico (atualmente é de 14 km/h), construção de 43 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e três novos hospitais, com 750 leitos a mais no sistema municipal -, além da recuperação de 16 hospitais municipais.

Em educação, a meta é construir 243 Centros de Educação Infantil (CEIs). A intenção é ampliar, também, a jornada escolar de 100 mil alunos da rede pública. Além disso, ele pretende extinguir a pobreza extrema na cidade de São Paulo, com a inclusão de mais de 200 mil pessoas no Bolsa Família.

Cerca de 55 mil unidades habitacionais serão construídas e haverá o beneficiamento de 70 mil famílias no Programa de Urbanização das Favelas e outras 200 mil no Programa de Regularização Fundiária.

Nas próximas edições, o Jornal São Paulo Zona Sul vai discutir algumas das metas propostas por Haddad, como a ampliação da rede odontológica, o fortalecimento de economias locais e a redução do déficit de vagas em creches na cidade.

 

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