A Fundação Japão em São Paulo está realizando, desde o dia 7 e 8 de março, cinco apresentações exclusivas do evento “Japão Digital – Projeção Mapeada no Pavilhão Japonês”, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo), no Pavilhão Japonês, localizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. As três apresentações restantes serão nos dias 13, 14 e 15 deste mês de março.
O evento cultural acontece em meio a um dos mais representativos pavilhões japoneses do Brasil, incluindo seus jardins, para celebrar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos que serão realizados neste ano novamente em Tóquio, após 56 anos desde a primeira edição realizada na capital japonesa.
Os visitantes atravessam projeções mapeadas em sincronia com apresentações de Wadaiko. Simultaneamente, encontram projeções artísticas em diferentes espaços e projeções mapeadas interativas, que reagirão de acordo com a movimentação dos visitantes, atraindo desde as crianças pequenas até os adultos.
“Temos o enorme prazer de apresentar à cidade de São Paulo, este evento num ano tão marcante para o esporte e para o intercâmbio cultural Brasil-Japão”, afirma Masaru Susaki, Diretor Geral da Fundação Japão em São Paulo.
Este ano, além das competições esportivas no Japão, o Bunkyo comemora 65 anos de atividades e a Fundação Japão em São Paulo, os 45 anos de instituição no Brasil.
Wadaiko Sho
“Wadaiko”, em japonês, significa arte dos tambores japoneses. “Sho” significa viver. “Wadaiko Sho” é viver tendo como base a arte dos tambores japoneses. Uma terapia que visa desenvolver a saúde física, mental e social através do taiko. Formado em 2002 pelo musicoterapeuta Setsuo Kinoshita e pela socióloga Mitsue Iwamoto, tem seu estúdio na Vila Mariana, em São Paulo, e busca harmonizar a genialidade das culturas do Brasil e Japão e as diferenças existentes entre elas, tanto em seu repertório, quanto nas atividades do grupo.
VISUALBEATS
Fundada em 2012, a VISUALBEATS utiliza a mais alta tecnologia através da projeção mapeada e espaços interativos, desenvolvendo universos cênicos e projetos não apenas no Japão, mas em diversos países. A empresa trouxe para este projeto todos os equipamentos necessários para centralizar, gerenciar e executar todo o processo, desde o design, desenvolvimento e instalação do programa, montagem e execução de um projeto exclusivamente pensado para esta ocasião.
Pavilhão Japonês, símbolo da amizade Brasil-Japão
Construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira, o Pavilhão Japonês foi doado à cidade de São Paulo, em 1954, na comemoração do IV Centenário de sua fundação. Desde 1955, a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo é responsável por sua manutenção.
O Pavilhão Japonês tem como principal característica o emprego dos materiais e técnicas tradicionais japonesas, tendo como referência o Palácio Katsura, antiga residência de verão da Família Imperial em Kyoto.
Ele reúne materiais trazidos especialmente do Japão, tais como as madeiras, pedras vulcânicas do jardim, lama de Kyoto que dá textura às paredes, entre outros.
Localizado às margens do lago do Parque, é composto de um edifício principal suspenso, que se articula em um salão nobre e diversas salas anexas, salão de exposição, jardim, além de um lago de carpas belíssimas.
Seu projeto é de autoria do professor Sutemi Horiguchi e caracteriza-se pela composição modular de madeira, com divisórias deslizantes retiráveis, permitindo a criação de áreas mais ou menos amplas, propiciando interação visual com o jardim circundante, e o lago de carpas coloridas, configurando uma concepção integrada entre o espaço interno e o externo. Esta concepção confere o diálogo entre o “tradicional” e o “moderno” da arquitetura de madeira do Japão no período pós Segunda Guerra.
O Salão de Exposição, construído ao lado do edifício principal, abriga peças originais e réplicas dos “tesouros japoneses”, representando linguagens artísticas e artesanais de diferentes períodos; doadas e consignadas pelo governo do Japão, entidades, empresas e personalidades japonesas.
Tombado pelos órgãos municipal e estadual de preservação do patrimônio histórico e cultural, o Pavilhão tem sido restaurado pela Nakashima Komuten, tradicional empresa japonesa na construção e restauração de pontes e moradias de madeira.