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Cultura

Fim de semana tem balé do teatro de Guaíra no Ibirapuera

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Em 1969, o Governo do Estado do Paraná criou o Balé Teatro Guaíra (BTG). Hoje, 45 anos depois, a companhia curitibana celebra sua trajetória com o projeto Balé Teatro Guaíra e Cias. Nos dias 17 e 18, às 21h, no palco do Auditório Ibirapuera, o grupo se apresenta gratuitamente e recebe, como convidado, o Balé da Cidade de São Paulo (BCSP). O primeiro interpreta sua versão de “A sagração da primavera”, e o segundo, “Cantata”, de Mauro Bigonzetti.
Segundo a diretora do BTG, Cintia Napoli, a escolha da obra encenada por sua companhia se deu pela viabilidade técnica para o Auditório. “Além de ser um trabalho relativamente recente em nosso repertório e que gostamos muito”, acrescenta. Marco para a musicalidade erudita, a peça do compositor russo Igor Stravinsky causou burburinho em sua noite de estreia. Coreografada pelo também russo Vaslav Nijinsky, sua primeira montagem foi apresentada em 1913, no Théâtre des Champs-Élysées (Paris), e chocou o público por seu caráter subversivo. Dividido em dois atos, “A adoração da terra” e “O sacrifício”, o balé conta a história de uma adolescente oferecida à divindade primaveril com o intuito de obter uma colheita proveitosa para seu povo. A releitura encenada pelo BTG é assinada pela portuguesa Olga Ruiz e já percorreu diversas cidades brasileiras. Seu diferencial está na jovem, que não é vista como vítima, mas sim como uma privilegiada.
Ao falar sobre seu trabalho, Cintia relembra as experiências com o grupo curitibano desde 1980, ano em que ingressou nele. Lá pôde se familiarizar com as particularidades e mecanismos por trás de uma companhia de dança (ela tinha passado, anteriormente, uma curta temporada justamente no BCSP). Para a diretora, a maior preocupação no desenvolvimento de uma criação é apresentar o grupo pronto para receber o novo trabalho (com relação à qualidade técnica e artística do elenco). “Acredito que aí está minha função, pensar muito na curadoria artística e na preparação dos bailarinos”, explica.

Para festejar os 45 anos do BTG, o coreógrafo espanhol Gustavo Ramirez Sansano criou uma releitura do balé “Cinderela”, apresentada em agosto. Sobre o projeto Balé Teatro Guaíra e Cias, Cintia confessa que é a realização de um sonho e início de uma longa conversa. “Uma oportunidade para aproximar diferentes grupos de dança e oferecer um amplo repertório ao público.”
Serviço:
Auditório Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera (portão 3), Ibirapuera. Zona Sul | tel. 3629-1075. Dias 17 e 18, 21h. Grátis (retirar ingresso a partir das 19h30)
(Por Lydianne Aquino)

 

 

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