Festa junina marca celebração dos 90 anos do Liceu Pasteur

Durante quase dez minutos, no entardecer do último sábado, dia 22, o céu da Vila Mariana ganhou cores e sons, em múltiplas explosões de fogos de artifício e encerrando o que havia sido um lindo dia de sol. O espetáculo fechava também a festa junina do Liceu Pasteur, que teve seus pátios, quadras e corredores históricos tomados por gargalhadas infantis, expressões orgulhosas dos pais, olhos emocionados de avós.

A festa junina foi realmente momento de celebrar as nove décadas do Liceu Pasteur. E de festejar a integração entre as famílias de alunos, demonstrar a organização da escola, a força da tradição da instituição criada em 1923 por membros das sociedades paulistana e francesa.

Enquanto crianças brincavam sob as árvores junto ao extenso campo gramado do Liceu, outras mostravam ali suas danças especialmente preparadas para a festa junina. A quadrilha quase sintetizava o espírito da festa: xadrez, chapéu de palha, tranças, vestidinhos de chita se misturavam a coreografias ao som de Harlem Shake e à criatividade que a moçada curte na internet.

Atrações, aliás, não faltaram. Na área aberta, foram instalados um pula-pula com bolinhas e um tobogã inflável, que ficaram o dia todo lotado de crianças, assim como o gol show, controlado igualmente por monitores especialmente contratados para a festa. Na sala do Karaokê, enquanto uma dupla de meninas adolescentes preferiu esbanjar a voz interpretando a cantora inglesa Adelle, outro garoto apostou em uma releitura do clássico indignado “Que país é este?”, do Legião Urbana. Outras várias composições se sucederam no palco, disputado por quem mostrou que inibição não era o forte.

Nas salas de aula, carteiras deram lugar às divertidas barracas. Tinha de tudo: boca de palhaço, canaleta, chapéu, jokenpô, pescaria, bingo completavam a diversão. Não poderia faltar o misterioso e sempre muito requisitado Correio Elegante. E, em dia de jogo do Brasil, a torcida do Liceu pôde comemorar junto os gols do Brasil contra a Itália, em uma animada sala de tv.

“Hoje a chapa vai esquentar, mas não é confusão”… Enquanto o som das quadras animava a comunidade do Liceu, os amantes das comidas típicas podiam se esbaldar, tamanha a diversidade gastronômica da festa. Tinha churrasco, mini pizza, bolinho de bacalhau, esfihas, pipoca, milho, pamonha, curau, cuscuz, amendoim… O toque francês, garantindo a pitada de cultura francesa na festa, estava no Quiche Lorraine. Arroz doce, pavê de amendoim, canjica, doce de abóbora além de uma farta barraca com outros doces. No andar superior, junto ao corredor central, o Café Liceu era uma atração à parte. Com vista para as quadras, sob o sol e um céu azul, os frequentadores relaxavam e batiam papo nas mesinhas, acompanhados de um bom café e pão de queijo, entre outros quitutes.

O Liceu Pasteur fica na Rua Mairinque, 256 – Vila Mariana. Telefone: 2344-9000.