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Famílias podem facilitar vida de idosos com baixa visão

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Quando se fala em deficiências visuais, a maioria das pessoas logo se lembra de quem nasceu sem a capacidade de enxergar ou perdeu esta habilidade ainda jovem por conta de alguma patologia. Mas, com o aumento da expectativa de vida, vale lembrar que muita gente perde a visão, ainda que parcialmente, com a idade.

Nestes cenário, a família e pessoas próximas têm que estimular os idosos a aproveitar ao máximo a visão residual. Para a dra. Denise Freitas, chefe do Departamento de Oftalmologia da Unifesp, na Vila Clementino, uma das dicas importantes é cuidar do ambiente em que a pessoa de baixa visão irá viver. “É importante que seja mantida onde já está habituada e os caminhos devem ser livres de objetos”, resume.

Ela também aponta para a importância de oferecer serviços e produtos modernos, como os audiolivros, as lupas e telelupas.

Na região, duas entidades atendem pessoas que precisam de treinamento para se adaptar à falta de visão. O CADEVI (Centro de Apoio ao Deficiente Visual), em Mirandópolis, está prestes a completar 30 anos de atuação no apoio a pessoas com deficiência. Começou com atuação intensa na área esportiva, mas atualmente presta vários serviços de orientação e apoio. Fica na Rua Heliotrópios, 338; telefone: 5589-5241.

A outra é a Fundação Dorina Nowill, que começou suas atividades há 67 anos como editora de livros em braille. Mas, hoje atua também na orientação e oferece diversos serviços de apoio, além de ampla biblioteca com audiolivros e revistas gravadas. Fica na Rua Dr. Diogo de Faria, 558 – Vila Clementino. Informações pelo telefone: 5087.0999.

 

Na região, há entidades que ensinam e orientam pessoas com baixa visão para garantir mobilidade e qualidade de vida. Há inclusive biblioteca de audiolivros na Vila Clementino.

Baixa visão na terceira idade tem diferentes explicações

Várias doenças e quadros podem explicar a redução da capacidade de enxergar com o avanço da idade.

“Alguns idosos intensificam muito as atividades de perto, como a leitura e, muitas vezes, a correção equivocada dos óculos causa a diminuição e consequente desinteresse pelas atividades”, exemplifica a chefe do Departamento de Oftalmologia da Unifesp, Denise Freitas.

Ela menciona ainda outra causa muito comum, fácil de tratar e ainda responsável por muitos casos de baixa visão na terceira idade: a catarata, que é a opacificação do cristalino, lente que temos naturalmente no olho. “Geralmente essa opacificação instala-se lentamente ou assimetricamente (um olho menos acometido que o outro), fazendo com que o idoso não perceba a perda da visão”, diz. “Quando os dois cristalinos são comprometidos de maneira significativa, o idoso queixa-se da baixa de visão, mais frequente em ambientes claros; também, pode ocorrer a queixa de embaçamento para longe, mas preservação da visão de perto”, explica.

A especialista ainda cita uma terceira causa comum, que é a degeneração macular relacionada à idade, na qual o ponto nobre da visão é acometido por depósitos de causa desconhecida. “Esta degeneração tende a reduzir de maneira significativa a visão central, limitando profundamente as atividades do pacientes”, diz.

Já o glaucoma é uma doença que se instala no adulto, mas como sua progressão é lenta, a repercussão pode ser maior na terceira idade. O glaucoma causa lesão do nervo óptico que é sensível à atrofia pelo aumento da pressão intraocular. “A perda da visão no glaucoma é irreversível e portanto a sua prevenção é mandatária”, conta.

Por fim, a baixa visão no idoso pode ser resultado da retinopatia diabética, uma vez que a doença pode acometer o paciente na fase adulta, mas suas repercussões e complicações são mais tardias. A retinopatia diabética pode ser tratada com a fotocoagulação da retina.

Prevenção

A dra. Denise Freitas explica que, dependendo da doença há fatores de risco e há modos de prevenção. “Por exemplo, no caso da retinopatia diabética controle rigorosa da glicemia, através de dieta restrita e exercícios, é a melhor opção de prevenção.”

Já em outros quadros, como no glaucoma, consultas oftalmológicas periódicas podem detectar precocemente a doença e evitar a atrofia do nervo óptico. A degeneração macular senil pode ser agrava pelo tabagismo e exposição excessiva aos raios ultra-violeta do sol, assim como a catarata. “A melhor forma de prevenção de qualquer perda de visão é consultar o oftalmologista com regularidade para orientação e detecção precoce de possíveis doenças para pronta atuação, evitando assim lesões de estruturas oculares e consequente perda de visão”, conclui.

O departamento de Oftalmologia da Unifesp fica na Rua Botucatu, 821, 2o andar – Vila Clementino. Informações pelo telefone: 5085-2010.

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2 Comentários

1 Comentário

  1. Raquel maria

    12 de dezembro de 2018 at 1:09

    Boa noite minha vo tem 85 anos e tem glaucoma como posso ajudar ela a entender que nao tem reversao e que ela agora depende de mim estou em uma situacao que esta me matando por dentro nao sei como ajudala sera que podem me dar algumas dicas de como posso a ajudar ela

  2. Ione Gomes Salgado

    2 de fevereiro de 2019 at 15:10

    E

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