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Cultura

Exposição gratuita no Ibirapuera resgata obras dos 30 anos de Bienal

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Mostra reúne obras que foram expostas nas edições anteriores e traça panorama da arte contemporânea no país

 

A Bienal de Artes de São Paulo pode ser sentida em um evento de porte semelhante. No sábado passado, dia 21, teve início a mostra 30 x Bienal, que traça uma retrospectiva de tudo que o público frequentador já viu nestes anos todos. Obras antigas, algumas recentes, todas compondo um belo panorama da arte brasileira, podem ser revisitadas em um só passeio pelo Pavilhão da Bienal.
A exposição terá quase a proporção de uma Bienal de São Paulo. Com curadoria de Paulo Venancio Filho, apresentará ao público uma seleção da participação de brasileiros nas 30 edições da Bienal. Com patrocínio da Sabesp, é uma oportunidade de rever obras históricas e uma forma de compreender o quanto a Bienal influenciou a história da arte brasileira e vice-versa.
Segundo Venancio Filho, nestes 30 anos, participaram mais de 5.000 artistas nacionais, sendo a própria Bienal, ao longo de tempo, um dos elementos estruturantes da arte brasileira da segunda metade do século XX. “Portanto não pode ser outro, creio, senão a relação vis a vis entre história da arte brasileira e a trajetória da Bienal o elemento determinante na escolha dos artistas e obras”, explica o curador.
A Bienal é promovida em São Paulo desde 1951 e se estabeleceu como um evento de força incontestável. A exposição em cartaz agora procura verificar os nexos, contextos, relações e processos que os artistas e obras estabeleceram como momentos determinantes na história da Bienal, da arte brasileira e também internacional.
A cada edição, a Bienal foi sempre uma mostra da atualidade da produção artística brasileira. Foi o evento que rompeu com o isolamento cultural das artes plásticas e expandiu sua projeção para além daquele círculo de iniciados. Portanto, por meio tanto das obras quanto dos artistas da exposição, assim como da coletânea crítica do catálogo, 30 × Bienal busca apresentar as transformações da arte brasileira que ocorreram nas trinta edições – desde a polêmica sobre a arte abstrata que dominou os anos 1950, passando pela nova figuração, pelo experimentalismo e pelo influxo da arte pop nos anos 1960, pela atmosfera conceitual nos anos 1970, pelo retorno à pintura nos anos 1980 e pelas chamadas práticas contemporâneas que se manifestam desde o final do século 20.
A retrospectiva se baseia em quatro grandes eixos temáticos: o abstracionismo geométrico e o concretismo, a arte pop, a produção da geração dos anos 1970 e o retorno à pintura e contemporaneidade.
A exposição fica em cartaz até o dia 8 de dezembro, com entrada gratuita. Pode ser visitada às terças, quintas, sábados, domingos e feriados, das 9h às 19h (entrada até 18h). Às quartas e sextas, das 9h às 22h, com entrada até 21h. Fechado às segundas-feiras.
O Pavilhão da Bienal fica no Parque do Ibirapuera, com entrada pelo portão 3, na Avenida Pedro Álvares Cabral.

 

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