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Eleições 2016

Escolha de candidato a vereador é mais importante que para prefeito?

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Reeleger Fernando Haddad ou optar por mudança no comando da cidade com João Dória, Celso Russomano, Marta Suplicy, Luiza Erundina, Major Olímpio, Ricardo Young, Levy Fidélix, Altino Prazeres, João Bico e Henrique Áreas? Sim, no total são 11 candidatos tentando conquistar a vaga no Executivo, embora os debates tenham reunido, em geral, apenas os seis primeiros.
Já para as 55 vagas no Legislativo paulistano, cerca de 1300 candidatos estão na disputa. Dos atuais vereadores, 50 tentam se reeleger. Enquanto nas redes sociais, nas conversas de bar ou mesmo no noticiário diário, as promessas, as disputas e as controvérsias envolvendo candidatos a prefeito dominam o cenário, na prática talvez seja a escolha do parlamentar que pode fazer a diferença no cenário da cidade.
O primeiro motivo está na inevitável negociação que acontece entre o candidato escolhido para governar a cidade e os vereadores eleitos. As recentes turbulências no cenário político nacional demonstraram que a falta de diálogo ou de consenso entre Executivo e Legislativo podem ser prejudiciais durante um mandato político.
No sistema político partidário brasileiro, atualmente, em geral não se elege um candidato de um partido para o cargo executivo, e sim um candidato que representa uma coligação envolvendo diversos partidos.
Como resultado, o eleito acaba definindo nomes dos partidos coligados para diversos cargos de comando dentro do poder Executivo. Na Prefeitura, isso resulta em indicações nas Secretarias e autarquias municipais, mas também nas subprefeituras.
Então, ao escolher seu candidato a prefeito/a, o eleitor deve estar atento não apenas ao partido que ele representa mas à coligação inteira, que fará parte do governo. O mesmo vale na hora de escolher o vereador. É possível votar em candidatos que integrem a coligação do prefeito escolhido ou não. Se a decisõ for por candidatos de coligações diferentes, pode ser que eles representem também propostas diferentes e haja um conflito de interesses ou embates de ideias durante o mandato.
O vereador também tem o poder de fiscalizar o prefeito, seja ele ou ela de sua coligação ou não, e o dever de votar em projetos amplos, de interesse da cidade, apresentados pelo Executivo.
Além disso, o vereador vai apresentar seus próprios projetos de lei, que serão debatidos e aprovados em plenário, ou seja, por todos os vereadores, e sancionados ou não pelo/a prefeito/a. Pode ainda apresentar projetos de forma conjunta: muitas vezes, temas de interesses coletivos chegam a reunir vereadores de partidos diferentes em torno de um projeto de lei único.
Boa parte do eleitorado sequer escolhe seu candidato a vereador, desprezando esta correlação de forças natural do sistema político partidário brasileiro. Vota apenas para prefeito ou em “legenda”, ou seja, no partido de sua preferência para garantir-lhe bancada maior de vereadores.
Vale lembrar que, esta ano, a regra para o voto de legenda está diferente: um candidato para se eleger para o parlamento paulistano precisará ter um número mínimo de votos. Ou seja, não basta a legenda obter um total de votos altos: o candidato deverá ter votação conforme quociente eleitoral calculado ao final da votação e que deve girar em torno de 10 mil votos ou mais.
Por fim, lembre-se: acompanhe o trabalho desenvolvido na Câmara de Vereadores ao longo dos próximos quatro anos, especialmente se o candidato em que votou for eleito.

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Conscientização política: debate ao vivo no Mater et Magistra

O Mater et Magistra Educação Vivencial, buscando contribuir para uma efetiva alfabetização política dos seus alunos, desenvolvendo – assim – uma formação integral, no dia 19/06/2016, cumpriu mais uma etapa do “Projeto Consciência Política”. Foi realizado um debate com cinco candidatos às 55 cadeiras da Câmara Municipal de São Paulo, nas eleições do próximo dia 02/10. O evento reuniu Alexandre Tirelli (PSD), Aurélio Nomura (PSDB), Celso Giannazi (PSOL), Luiz Roque (PT) e Profª Jacqueline (REDE).
O encontro começou com a apresentação do Professor Marcos C. Camargo, pai de uma aluna do fundamental. Especialista em gestão urbana, trouxe uma grande contribuição, pois com muitos dados, dispostos em mapas, gráficos e tabelas, fez um diagnóstico dos principais problemas da cidade de São Paulo: mobilidade, habitação, poluição, saneamento básico, saúde pública, educação, segurança, etc.
Ao invés de uma Escola Sem Partido, o C.E.V. Mater et Magistra defende uma Escola COM PartidoS. Plural, e não vazia! Propomos um olhar múltiplo e crítico sobre o conhecimento, que permita uma formação intelectual autônoma dos nossos alunos. Assim, o contraste entre as diferentes ideias de como solucionar os problemas diagnosticados na cidade permite uma escolha livre, proporcionando a possibilidade da construção de um caminho que leve a um mundo sem verdades absolutas e supostamente neutras, sem misérias humanas e espirituais. Pleno de “Liberdade e Consciência”, como diria o mestre Zenkiti.
A participação dos nossos alunos com questionamentos de diferentes perspectivas ideológicas, com embasamento em várias áreas do conhecimento, foi uma demonstração de que o desenvolvimento de uma autonomia intelectual e da cidadania passa por uma postura crítica e múltipla frente ao conhecimento.

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