Educação
Escolas estaduais da região recebem reforma e até projeto de restauro
Quem circula pela região já deve ter notado: várias escolas estaduais estampam em suas fachadas imensas placas indicando que uma reforma está em curso ali. Em geral, o investimento médio da Secretaria de Educação gira em torno de R$ 700 mil. Até mesmo a escola Professor Alberto Levy, que já havia recebido um valor menor de recursos, foi agora incluída na lista de beneficiadas.
As reformas são bancadas e coordenadas pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação e incluem da instalação de pára-raios a mudanças para facilitar a circulação dos alunos dentro das unidades. O curioso é que as obras só começara no fim das férias e prosseguem até… o fim do semestre.Segundo a FDE, as obras anteriores na Escola Estadual Professor Alberto Levy, no Planalto Paulista, que ocorreram entre outubro de 2010 e janeiro de 2011, foram para melhorias na cozinha, despensa e refeitório.
O investimento foi de aproximadamente R$ 73 mil. Já os trabalhos em andamento agora atingirão mais de dez vezes esse valor: R$ 755 mil. Começaram no dia 24 de janeiro deste ano e devem terminar na segunda quinzena de junho e compreendem a instalação dos sistemas de combate a incêndio e de proteção contra descargas atmosféricas, execução de novo abrigo de água e nova rede de abastecimento, revisão geral das instalações elétricas, manutenção do telhado, reforma da quadra de esportes, instalação de novos sanitários para alunos no galpão, dentre outras intervenções.
Outra que está passando por reformas é a Escola Estadual Professor Paulo Rossi, em Mirandópolis. Ali, a FDE está executando a instalação dos sistemas de combate a incêndio e proteção contra descargas atmosféricas, revisão das instalações elétricas, substituição de luminárias, execução de novo piso de concreto na entrada de alunos, na calçada e na circulação entre os blocos, reforma geral da cozinha, instalação de portas de ferro e tela de proteção nas janelas, substituição de lousas danificadas, reforma de sanitários, manutenção das quadras, revisão do telhado e do forro do pátio, pintura geral do prédio, entre outras intervenções.
Os serviços começaram no dia 14 de janeiro deste ano e têm previsão de término em maio, com investimento de R$ 659 mil.
Marechal Floriano
O trabalho da FDE também está sendo desenvolvido em uma escola de caráter histórico na região.
A Escola Estadual Marechal Floriano foi criada há mais de um século, ainda como Colégio em 1909, mas mudaria para o atual edifício dez anos depois, com o crescimento do número de alunos.
A fachada histórica ainda preserva o nome original “Grupo Escolar Marechal Floriano” e a imponência chama a atenção de quem passa pela Rua Domingos de Moraes, na esquina com a Rua Dona Júlia.
Não é o primeiro restauro executado no prédio, que já passou por cerca de cinco reformas. Ainda assim, conserva sua fachada nas mesmas formas e cores originais, porém cercada por muros mais altos do que antigamente.
Quatro novas salas foram construídas nas laterais do prédio e algumas reformas foram realizadas nos telhados e pisos.
As obras tiveram início no em 6 de setembro de 2011 e devem ser concluídas em julho deste ano. O investimento é de aproximadamente R$ 719 mil.
Em linhas gerais, as intervenções compreendem a manutenção das instalações hidráulicas e elétricas, reforma do telhado, restauro e reparos de revestimentos e acabamentos em pisos, alvenarias internas, forros, portas, esquadrias de madeira e de ferro, vitrais, muros, gradis e portões, manutenção da quadra poliesportiva e áreas externas.
Prédio tombado
O prédio da Escola Estadual Marechal Floriano tem projeto assinado por ninguém menos que o arquiteto Ramos de Azevedo, o mesmo que projetou o Teatro Municipal de São Paulo. Embora a escola – que surgiu como Grupo Escolar de Vila Mariana – seja de 1909, o prédio da Rua Dona Júlia só foi inaugurado e passou a sediá-la dez anos depois.
Hoje, é tombado como patrimônio histórico estadual pelo Condephaat – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.
Em sua resolução de tombamento – que ocorreu em 2010 dentro de um conjunto de escolas construídas no estado entre 1890 e 1930 – o Condephaat elenca as características principais do edifício:
“Destaca-se a qualidade do conjunto caracterizado pela técnica construtiva simples, consolidando o uso de alvenaria de tijolos e por uma linguagem estilística que simplificou os atributos da tradição clássica acadêmica. A organização espacial era concebida incorporando preceitos e recomendações de higiene, insolação e ventilação previstos na cultura arquitetônica que vinha se firmando desde o século XIX. O programa pedagógico distribuía essencialmente salas de aulas ao longo de eixos de circulação em plantas simétricas. Aos poucos se firmaram em projetos arquitetônicos padronizados que se repetiam com pouca ou nenhuma variação em mais de um município.”
Passou por diversas reformas ao longo desses quase cem anos, a primeira delas em 1926, quando sofreu um incêndio.
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