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Urbanismo

Enchentes na Whitaker e Ascendino Reis podem acabar, com obra de drenagem

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A obra estava entre as listadas como meta da gestão anterior. Na verdade, aliás, a promessa é bem antiga e faz parte das pequenas obras que evitariam transtornos recorrentes em períodos de chuva. Mas, até agora, a readequação das bacias dos córregos das Éguas e Paraguai não saiu do papel.
Desde o ano passado, a Prefeitura vem prometendo usar os recursos federais do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) para finalmente executar este trabalho que acabaria com os costumeiros alagamentos em frente ao Tribunal de Contas do Município e nas avenidas Ascendino Reis e José Maria Whitaker, na divisa dos bairros de Mirandópolis, Planalto Paulista e Moema.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) informou que foi aberto em setembro o edital de pré-qualificação para execução de obras para controle de cheias dos córregos Paraguai e Éguas, que formam este vale na região. Garante ainda que o início das obras de readequação destes córregos é uma das principais metas da secretaria para os próximos meses.
No caso dos córregos Paraguai e Éguas, o projeto prevê a implantação de um reservatório de detenção, canalização do córrego e readequação das margens, com paisagismo e implantação do sistema viário, com financiamento de R$ 80 milhões provenientes do PAC.
O córrego Paraguai é afluente do Córrego Uberaba, com o qual se encontra na região de Moema/Campo Belo. Nasce na região de São Judas, passa pela avenida José Maria Whitaker e segue em direção à Avenida Ibirapuera, que vem do alto do bairro de São Judas, na avenida Jabaquara, desce hoje entubado debaixo da avenida José Maria Whitaker, cruza a avenida Ibirapuera junto à avenida República do Líbano.
O córrego das Éguas, por sua vez, é afluente do Paraguai. Nasce na esquina das ruas Botucatu e Onze de Junho, na Vila Clementino, e desce pela Ascendino Reis, nas proximidades do Tribunal de Contas do Município e sob os baixos do Viaduto Onze de Junho – região que sempre sofre com alagamentos.
A bacia dos córregos Paraguai e das Éguas é exemplo de como a impermeabilização da cidade, com canalização de córregos e ocupação de várzeas, foi obra no processo de crescimento urbano.
Segundo a Siurb, toda essa região, incluindo os baixos do viaduto Onze de Junho, será beneficiada com as obras de macro e microdrenagem na bacia destes córregos.
A assinatura dos contratos foi referente ao anúncio da Presidenta que acrescentou obras ao PAC, alterou de financiamento para OGU – Orçamento Geral da União. O córrego Ipiranga e Paraguai Éguas foram anunciados em agosto de 2013, em outro anúncio do PAC.
Recursos
Em setembro, novos contratos foram assinados pelo prefeito Fernando Haddad com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 2,6 bilhões, sendo R$ 1,9 bilhão para seis obras de corredores de ônibus e R$ 651 milhões para quatro obras para contenção de enchentes.
De acordo com o prefeito, com todos os investimentos federais firmados ou anunciados desde o ano passado, o montante chega a mais de R$ 13 bilhões em investimentos.
Mas, segundo a Secretaria de Infraestrutura Urbana (Siurb), esses recursos são adicionais e as verbas destinadas às obras na Avenida José Maria Whitaker estavam previstas em contrato assinado um mês antes.
Neste mais recente, está prevista a obra de drenagem em uma região mais periférica, na divisa do Jabaquara com a Cidade Ademar. Lá, haverá a segunda fase do córrego do Cordeiro, cujo projeto básico está em andamento e custará R$ 190 milhões. Envolve a canalização do córrego Alcatrazes (270m), canalização do córrego Cordeiro (1.800 metros), e a construção de mais três piscinões. A previsão é de que as obras se estendam por 36 meses.
A Secretaria afirma que, levando-se em consideração todas as obras em licitação e com recursos garantidos atualmente na cidade, está em curso o maior plano de obras de drenagem dos últimos anos, que aumentarão em 50% a capacidade de armazenamentos dos piscinões.

 

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