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Educação

Em SP, prova não será adiada: não há escolas ocupadas

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O Ministério da Educação (MEC) decidiu adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 304 locais de provas devido às ocupações de escolas, institutos e universidades federais. Os estados do Paraná, com 74 ocupações, e Minas Gerais, com 59, têm o maior número de locais de provas ocupados. O adiamento atingirá 191.494 candidatos, que farão o exame só nos dias 3 e 4 de dezembro.
Vale ressalvar, entretanto, que no estado de São Paulo não há nenhuma escola ocupada e que, a menos que a justiça decida pela suspensão geral do Exame, os locais de prova estão mantidos para quem vai prestar o exame por aqui.
A alteração foi alvo de críticas porque prevê a mudança apenas para parcela dos estudantes. E porque em situações como as eleições, houve alteração de endereços ou reorganização para que as ocupações não atrapalhassem as alterações.
No ano passado, algumas escolas de São Paulo onde seria realizado o ENEM estavam ocupadas em protesto contra a reorganização estadual do sistema e, ainda assim, as provas foram realizadas em endereços diferentes, previamente informados.
“O Inep lamenta profundamente a ansiedade que esses jovens manterão esperando mais um período para realizar a prova”, disse a presidente da autarquia, Maria Inês Fini, em entrevista coletiva. Segundo ela, os estudantes que fazem parte das ocupações têm direito a se manifestar, mas também é preciso garantir o direito de ir e vir e de ter aulas dos demais estudantes. Segundo Maria Inês, o adiamento não prejudicará a utilização dos resultados do Enem. A prova aplicada em dezembro terá o mesmo modelo e nível de dificuldade do Enem deste fim de semana, segundo o Inep, mas com questões diferentes.
Não há um balanço nacional oficial do número de escolas ocupadas. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), até ontem, 134 campi universitários e mais de 1 mil escolas e institutos federais estavam ocupados.
Os estudantes são contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto. Estudos mostram que a medida pode reduzir os repasses para a área de educação, que, limitados por um teto geral, resultarão na necessidade de retirada de recursos de outras áreas para investimento no ensino. São também são contrários à reforma do ensino médio, proposta por Medida Provisória.

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