Urbanismo
Em situação emergencial, museu do Ipiranga fecha para visitação
Em julho, ainda estava sendo estudada a forma com que seria iniciada a obra de restauro das fachadas e subsolo do Museu Paulista da USP, mais conhecido como Museu do Ipiranga. No entanto, na semana passada, surpreendendo a todos, o Museu anunciou a antecipação de seu fechamento à visitação. Dia 2 de agosto, as atividades abertas ao público foram suspensas e o museu anunciou que vistorias técnicas mostraram a necessidade de acelerar as obras.
O Museu, que este ano completou 120 anos de fundação e 50 anos de incorporação à USP. Sua história é ligada ao grito de Independência do Brasil, assim como toda a área envoltória do prédio que é patrimônio arquitetônico brasileiro. A reforma total deve custar em torno de R$ 21 milhões.
A USP divulgou nota em que afirma ser “necessário e comum que museus instalados em prédios históricos fechem parcial ou totalmente para restauros e modernizações”. Por isso, explica, o Museu Paulista tem previsão de fechamento de salas, de um lado para facilitar diagnósticos, projetos, licitações e intervenções; e, de outro, para garantir a incolumidade dos visitantes e servidores, bem como a proteção física do acervo.
A USP ainda aponta que, em razão de ter sido edificado no século XIX, com técnicas construtivas pouco conhecidas na atualidade, a reforma do museu demanda diagnósticos e projetos de alta especialização. A universidade garante que, ao longo do projeto, emitirá notas sobre o desenvolvimento de tais trabalhos, assim como sua progressiva reabertura.
O Museu recebe entre dois mil e três mil visitantes diariamente e uma das promessas para depois da reforma é ampliação da acessibilidade, comprometida pelo fato de o projeto do prédio ser antigo e não contemplar facilidades para pessoas com mobilidade reduzida. Suas coleções somam 900 metros lineares de documentação textual, 30 mil objetos, 70 mil itens de iconografia, além de 60 mil volumes em uma biblioteca. Há ainda atividades de curadoria científica e ação cultural.
Vale lembrar que o prédio é patrimônio histórico e por isso o restauro será acompanhado pela equipe de acompanhamento junto ao Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo, CONPRESP, CONDEPHAAT e IPHAN. Estão prometidos ainda painéis com as etapas das atividades e detalhes das ações para informar a comunidade.
O Parque da Independência continua aberto à visitação.