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Solidariedade

Em noites frias, moradores de rua podem ser abrigados

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O frio vai continuar – é o que mostra a previsão do tempo. Termômetros indicando números abaixo de 8 e sensação térmica menor ainda fazem com que os paulistanos se sintam desestimulados a nem sair de casa. E aqueles que não têm casa? Nesta época de baixas temperaturas, a preocupação com moradores de rua aumenta: sofrimento e até risco de morte rondam as vias paulistanas especialmente à noite. Ontem, dia 25, um homem morreu em uma calçada e, embora ainda não haja confirmação, pode ter sido por hipotermia.

Com a Operação Baixas Temperaturas, 3 mil vagas emergenciais são abertas em abrigos, além das 9 mil fixas dos 63 Centros de Acolhida mantidos pela Prefeitura.  O munícipe paulistano também pode colaborar com as ações. Quando vir uma pessoa vulnerável exposta às baixas temperaturas pode acionar os serviços da CAPE, que funciona 24 horas por dia, pelo telefone 156 (Central de Atendimento da Prefeitura) ou pelo 153 (Central de Atendimento da GCM), liberado para colaborar com a Assistência Social. Para ambos os números, a ligação é gratuita.

É importante destacar, entretanto, que as pessoas são convidadas a ir para os Centros de Acolhida, mas não são obrigadas a aceitar o encaminhamento. Em casos de recusa, os orientadores socioeducativos dos Serviços Especializados de Abordagem Social às Pessoas em Situação de Rua ou servidores dos equipamentos da Pasta estão orientados a acionar, em caso da pessoa abordada estiver desacordada ou com quadro de saúde comprometido, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), através da Central 192, visando garantir acesso ao socorro, registrando em relatórios todas as providências adotadas.

A Operação Baixas Temperaturas teve início em maio e vai até outubro. Neste período, os Centros de Acolhida que atendem por 16 horas funcionarão excepcionalmente das 16h às 9h, todos os dias da semana, incluindo os finais de semana. A SMADS intensifica a vigilância nos locais com grande concentração de população em situação de rua, por meio das equipes do Serviço de Abordagem de Rua, dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (CREAS POP) e da Coordenadoria de Atendimento Permanente e de Emergência (CAPE).

Esta semana, nas duas primeiras noites de frio intenso na capital, terça e quarta-feira, quando a sensação térmica foi de 4ºC, foram realizadas abordagens que resultaram em albergues lotados, com cerca de 11 mil pessoas em situação de rua abrigadas.

Cerca de 400 profissionais da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) estão mobilizados exclusivamente para o trabalho de abordagem às pessoas em situação de rua, com o objetivo de convencê-los a aceitarem o atendimento. As pessoas são levadas para um local seguro, onde é oferecido jantar, cobertor, kit de higiene pessoal e café da manhã.

Além das rondas com abordagens e encaminhamentos, a Prefeitura ainda ampliou para até as 2 horas da madrugada o horário de circulação dos ônibus que levam as pessoas em situação de rua que aceitam encaminhamento aos abrigos.

Os trabalhos contam com a coordenação da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e apoio das secretarias municipais de Segurança Urbana, Saúde, Esportes, Direitos Humanos e Cidadania, Coordenação das Subprefeituras, da Subprefeitura da Sé e Defesa Civil.

A ação conta também com o auxílio da Defesa Civil e da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que podem acionar a Coordenadoria de Atendimento Permanente e de Emergência (CAPE) ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) durante suas rondas, se for preciso deslocar a pessoa ao acolhimento mais próximo.

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