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Ela é ouro para o Brasil!

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Crédito Foto: COB – Comitê Olímpico Brasileiro

O primeiro ouro para o Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024 veio de uma paulista de Peruíbe que treina judô no Esporte Clube Pinheiros.

Beatriz Souza juntou-se a Aurélio Miguel, Rogério Sampaio, Sarah Menezes e Rafaela Silva no rol de gigantes campeões olímpicos do judô brasileiro. Com uma campanha memorável nesta sexta-feira, no Palais Éphemère da Arena Champs-de-Mars, a brasileira de 26 anos conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Paris 2024 na categoria pesado (acima de 78kg).

“O diferencial é manter a calma, porque ajudou, né? Todo mundo treina. A cabeça é o principal, e ela conseguiu ter o controle emocional. Ela conseguiu lutar direitinho, não desistiu da estratégia, foi até o fim. Então isso firmou, garantiu a medalha dela”, disse Sarah Menezes.

Bia, já detentora de uma carreira repleta de conquistas, venceu quatro lutas para chegar ao tão sonhado ouro.

Bia estreou contra Izayana Marenco, da Nicarágua, e não teve dificuldade para avançar com um ippon. Na luta seguinte, válida pela quartas de final, encarou a sul-coreana Hayun Kim, medalhista de bronze no Campeonato Mundial deste ano.

Em um combate duríssimo, a brasileira conseguiu reverter uma entrada da asiática e aplicou um waza-ari para seguir na chave.

A semifinal prometia ser uma guerra. E foi. Contra a francesa Romaine Dicko, esperança de ouro local e número 1 do ranking mundial, Bia tinha retrospecto desfavorável.

Mas nem mesmo o apoio da torcida local a abalou. A paulista, dona de três medalhas em Mundiais sênior (uma prata e dois bronzes) fez uma luta sólida, dominou o combate e bateu a rival com uma imobilização que fez a europeia desistir.

“Eu consigo concentrar totalmente ali na luta, no meu momento. Eu estou focada em mim, no que eu quero fazer, no que eu sei fazer e, independente de quem está ali na minha frente, eu sei que eu estou preparada, sei que estava muito bem preparada pra isso. Focar só mesmo no técnico, ver o que a Sarinha estava falando, conseguir colocar ali em prática, fazer o ajuste que estava sendo necessário, mas eu realmente consigo, eu consigo bloquear toda a torcida”, disse Bia.

No domingo, o Brasil já havia obtido uma prata, com Willian Lima (até 66kg), e um bronze, com Larissa Pimenta (até 52kg).

Na final, contra a israelense Raz Hershko, uma luta dominante definida com um waza-ari. Um ouro histórico. Um lugar para sempre no Olímpico.

A vitória foi desenhada logo nos primeiros 30 segundos de luta, quando a brasileira conseguiu o wazari ao derrubar a israelense, em meio a uma tentativa de aplicar um o-soto-gari – varrida por fora da perna da adversária, empurrando-a contra o pé. Com a queda da israelense, a brasileira abriu a pontuação.

Com duas advertências por falta de iniciativa, o combate continuou com a israelense quase aplicando um golpe que poderia igualar o placar, mas Beatriz soube se desvencilhar, evitando tocar o solo com sua lateral ou as costas.

A brasileira, então, se manteve concentrada, administrando a vantagem, com a israelense já demonstrando cansaço.

A vitória colocou o Brasil na 18ª posição no quadro geral, com uma medalha de ouro, três de prata e três de bronze.

Mais sobre Bia

Atleta do Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, Beatriz Rodrigues de Souza tem 26 anos e ocupa a quinta posição no ranking mundial da categoria +78kg feminino. A judoca é de Peruíbe, município do litoral de São Paulo. Com 1m78 e 135 kg, ela carrega, em seu histórico, duas medalhas de prata e quatro de bronze em campeonatos mundiais.

Conquistou também prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023, no torneio por equipes mistas; e duas de bronze no individual, em Lima (2019) e Santiago (2023).

A campanha de Beatriz Souza até o ouro nos Jogos Olímpicos Paris 2024 inclui quatro vitórias, das quais três sobre medalhistas. Nas oitavas, venceu por ippon (harai-goshi) Izayana Marenco, da Nicarágua.

Nas quartas, obteve vitória por waza-ari (sumi-otoshi) diante de Kim Hayun, da República da Coreia. A semifinal foi contra a francesa Romane Dicko.

Com informações do Comitê Olímpico Brasileiro e da Agência Brasil de Comunicação

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