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Segurança

Denúncia sobre crime na região dará recompensa

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Latrocínio contra professor na Rua Abílio Soares, que aconteceu em abril, é um dos primeiros casos no estado a integrar o Programa de Recompensas. Informações verídicas podem gerar R$ 5 mil

Um crime que aconteceu na Vila Mariana e chocou todo o país será um dos primeiros a integrar o Programa Estadual de Recompensa. Com o objetivo de facilitar o esclarecimento de crimes, o governo do estado vai pagar até R$ 50 mil para o denunciante que tiver informações que ajudem a polícia a esclarecer delitos ou localizar foragidos da Justiça. Mas, para este primeiro caso, que é o assassinato do professor Gomides Vaz de Lima Neto, de 46 anos, a recompensa é de R$ 5 mil.
Lima Neto foi morto por dois suspeitos no dia 8 de abril durante um assalto em frente a um supermercado, na Rua Abílio Soares, na Vila Mariana, no dia 8 de abril, por volta de 22h30.
Ele estava dentro de um Golf Branco, aguardando pela namorada que fazia compras no supermercado, quando uma dupla de assaltantes surgiu e acabou dando dois tiros no professor, que foi socorrido no Pronto Socorro Vergueiro, mas não resistiu aos ferimentos.
Os criminosos abandonaram o veículo roubado 30 minutos depois do assalto na Rua Maracaí, no Cambuci, onde foram filmados pelas câmares de circuito interno de um edifício. O latrocínio foi registrado no 78º Distrito Policial (Jardins), onde está sendo investigado.
O Programa
A recompensa só será dada àqueles que tiverem uma informação que leve à elucidação do crime ou resulte na prisão do criminoso. Apesar de ter sido alvo de críticas, por estimular a denúncias apenas em troca de recompensa em dinheiro, o programa é defendido pelo governador Geraldo Alckmin e pela polícia. “A parceria entre a população e a polícia é a marca e o DNA do povo paulista”, disse Alckmin. “Este é um passo importante, pois renova de maneira efetiva a participação do cidadão. Temos certeza que é uma ação que fortalecerá o trabalho policial”, concordou o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.
O modelo do programa é inédito no país, pois mantém em sigilo a identidade do denunciante durante todo o processo, inclusive no pagamento da recompensa. Poderá receber a recompensa o denunciante que encaminhar informações que contribuam de maneira relevante para a polícia esclarecer um crime, ou seja, aqueles que informarem dados que resultem na identificação do autor ou na localização e prisão de um procurado pela Justiça.
As informações dadas pelo denunciante são repassadas aos policiais civis e militares que atuam no WebDenúncia – serviço fruto de parceria entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e o Instituto São Paulo Contra a Violência (ISPCV) -, que as encaminham às equipes responsáveis pelas investigações.
A importância de informações para o Programa Estadual de Recompensa será analisada de acordo com cada caso denunciado. A decisão final sobre o pagamento da recompensa ficará a cargo do secretário da Segurança Pública.
Como denunciar
As denúncias para o Programa Estadual de Recompensa serão feitas no WebDenúncia (http://webdenuncia.org.br). O interessado em denunciar fará o procedimento normal no serviço online e terá assegurado o seu anonimato.
Ao final do processo, o denunciante recebe um número de protocolo e uma senha para que ele possa acompanhar anonimamente o uso da sua informação, assim como é feito em todos os casos da ferramenta online.
Nesta seção de acompanhamento, o denunciante será informado se a sua informação foi recompensada e receberá um número de cartão bancário virtual, que permitirá saques da recompensa em qualquer caixa eletrônico do Banco do Brasil, sem a necessidade de que ele se identifique. A quantia poderá ser retirada de uma vez ou aos poucos, assim como é feito com um cartão bancário comum.
“A senha é gerada por meio do protocolo, que apenas o denunciante terá acesso. É um sistema inovador que garante o pagamento e o anonimato”, explicou Grella.
Este sistema não exige cadastro. Segundo a SSP, o WebDenúncia é extremamente seguro, pois conta com dupla criptografia de dados, o que impede qualquer pessoa de invadir o sistema.
Os recursos para o programa partirão do Fundo de Incentivo à Segurança Pública (Fisp), que é administrado pela Secretaria da Segurança. A verba será liberada ao Fundo quando for necessário efetuar um pagamento.

 

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