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Saúde

Dengue volta a ameaçar, mas região não concentra casos

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O número de casos de dengue no município de São Paulo até o início de abril cresceu 42%, na comparação com o mesmo período de 2013, e chegou a 1.745. A informação foi divulgada esta semana pela prefeitura. O período analisado engloba as 14 primeiras semanas epidemiológicas [critério estabelecido pelo Ministério da Saúde e que é contado de domingo a sábado]. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, esse período é compreendido entre os dias 29 de dezembro do ano passado e 5 de abril. Na região de Vila Mariana, Saúde, Jabaquara e Vila Mariana, não foi registrado número alarmante de casos, mas a orientação é de atenção constante a sintomas e de atitudes para evitar que o mosquito se espalhe. A vizinha região de Santo Amaro, entretanto, tem notificação ainda baixa, mas acima da média da capital.
É importante ainda lembrar que o mosquito existe em toda a região, mas para que a transmissão da dengue se torne mais frequente, só havendo mais pessoas doentes. Isto porque o Aedes aegipty é vetor, ou seja, ele “carrega” o vírus de uma pessoa para outra, pela picada.
Um dos casos é o de um garoto de 6 anos, morador do Jaguaré, que morreu no dia 2 de abril por dengue grave. É o primeiro óbito causado pela doença na cidade este ano.
Com esses registros, a taxa média de incidência em São Paulo alcançou 15,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, valor ainda considerado baixo pelo Ministério da Saúde. O ministério considera incidência média entre 100 e 300 casos por 100 mil habitantes. Acima disso, a incidência é considerada alta.
Nas 14 primeiras semanas epidemiológicas de 2013 foram notificados 1.229 casos de dengue. Em todo o ano passado, foram registrados 2.617 casos.
Os dados, segundo a prefeitura, indicam um acréscimo de 579 registros de dengue desde o último balanço. Mas isso, de acordo com a Secretaria de Saúde, não indica necessariamente novos casos, porque as notificações são recebidas das unidades públicas e privadas, analisadas e só depois lançadas no sistema federal.
A maior incidência de casos ocorreu nos distritos próximos à cidade de Osasco, na zona oeste da capital. No Jaguaré, foram registrados 324 casos, com índice considerado alto, de 649,8 casos por 100 mil habitantes. Na Lapa, foram notificados 158 casos, com índice médio de 240,3 ocorrências por grupo de 100 mil habitantes. No Rio Pequeno, 147 casos foram registrados, com índice de 124,1, considerado médio pelo Ministério da Saúde.
Bairros como Tremembé (zona norte), Vila Jacuí (zona leste), Carrão (zona leste) e Vila Leopoldina (zona oeste), também tem baixa notificação, mas está acima da média da capital.
Para prevenir a dengue, a prefeitura orienta a população a guardar latas, baldes e potes sempre virados para baixo; manter a caixa d’água fechada; tratar as piscinas com cloro ou mantê-las cobertas; furar pneus ou guardá-los em ambientes cobertos; e encher vasos de plantas com areia.
Os sintomas mais comuns de dengue são febre alta, fraqueza, dor no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Se além desses sintomas houver dores abdominais contínuas, suor intenso e queda de pressão, a pessoa pode estar com dengue hemorrágica. Em qualquer um dos casos, é preciso procurar um serviço de saúde.
A prefeitura informou que tem intensificado as ações de combate e prevenção à dengue em toda a cidade.

 

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