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Meio ambiente

Cuidar da água que sai de casa também é importante

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Esgoto despejado pelo paulistano entope a tubulação da cidade com óleo de fritura usado, fios de cabelo e até brinquedos!

A conta de água paga pelo paulistano considera não apenas a quantidade consumida, em metros cúbicos, mas também o mesmo volume em esgoto. Isto significa que o valor que pagamos pela água usada em pias, chuveiros, vasos santários, máquina de lavar e até no cozimento dos alimentos ou em nossos filtros é pago em dobro para o tratamento do esgoto que sai de nossas casas. Antes de ser lançado nos rios ou mares, o esgoto passa por tratamento para evitar a poluição destas fontes naturais do bem mais precioso à vida humana. E o consumidor pode e deve contribuir também neste processo, para facilitar o tratamento do esgoto e evitar que esta sujeira que sai de sua casa dificulte o processo.
A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) criou, entre outras ações de conscientização, a campanha “Privada não é lixeira”. Como a empresa dispõe de grades para “filtrar” o esgoto, no primeiro passo do tratamento do que sai da casa dos consumidores, acabou percebendo tudo que é jogado nos vasos sanitários. E o resultado é impressionante: cabelos removidos de pentes e escovas são jogados no vaso em vez de irem para a lixeira. Pentes velhos, lâminas e aparelhos de barbear, absorventes íntimos, preservativos, hastes flexíveis, escovas de dente, bitucas de cigarro são outros itens que não deveriam estar no esgoto doméstico. “O consumidor não percebe que ainda gasta água à toa, quando aciona a descarga para se livrar de resíduos”, diz Marcelo Morgado, assessor da presidência da Sabesp para Meio Ambiente. Outra dica é, periodicamente, abrir os ralos dos chuveiros e fazer uma limpeza superficial.
Vale destacar que o hábito de usar o vaso sanitário como se fosse um depósito de resíduos também é prejudicial à própria casa ou condomínio, que podem ter o sistema de encanamento entupido ou danificado.
Morgado diz que os pais também devem ficar atentos à atitude das crianças, já que são habitualmente encontrados brinquedos, peças de jogos etc. Apesar de o problema maior estar nos banheiros domésticos, não é só lá que atitudes equivocadas prejudicam o tratamento dos esgotos. “As máquinas de lavar têm filtros para coletar fiapos das roupas, mas muitos consumidores jogam o material coletado na tubulação”, conta Morgado. Da mesma forma, o correto é limpar bem os pratos, antes de lavar a louça, para que os restos de alimentos não sejam levados pela água.
A Sabesp tem ainda estimulado projetos de coleta do óleo de fritura, para evitar que seja indevidamente despejado na tubulação. Muitos poços de visita e coletores tronco ficam obstruídos e até bombas travam graças à massa que se forma, com lixo aglutinado. “Sem falar nas equipes deslocadas e no trânsito interrompido para resolver um problema que poderia ser evitado”, conclui Morgado.

Resíduos não!
Tratamento de esgotos evitam poluição de recursos hídricos

 

 

RECICLE

 

 

Entidades produzem brindes sustentáveis

 

Apoiar a reciclagem através da compra de produtos resultantes dela é essencial. Além da Adere, que vende objetos de decoração feitos com vários materiais (embalagens longa vida, jornais, cortiça…), há Organizações Não Governamentais na região que desenvolvem produtos feitos com papel reciclado, retalhos de tecido. Ideal especialmente para empresas em busca de brindes para o final do ano ou para eventos e campanhas promocionais. Mas há venda individual também.

 

Quixote
A Ong Projeto Quixote, ligada à Universidade Federal de São Paulo, atende adolescentes em situação de risco na cidade de São Paulo. Além de desenvolver oficinas com mães e produzir artigos em fuxico, como pufes e almofadas, tem também uma linha de brindes sustentáveis, como ecobags, cadernos de papel reciclado e material de escritório em kraft.
Associação de Apoio Ao Projeto Quixote Av. Eng. Luís Gomes Cardim Sangirardi, 789 – Vila Mariana. www.projetoquixote.org.br. Fones: 5083-0449 e 5572-8433

 

Cooperaldeia
As participantes da cooperativa mantida pela Aldeia do Futuro aprendem a fazer bijouterias com jornal, sacolas retornáveis com tecidos, tapetes de fuxico, necessaires promocionais e vários outros objetos de decoração e utilitários do dia a dia que podem ser vistos no site www.cooperaldeia.org.br. A oficina de costureiras aceita encomendas de brindes e produtos e desenvolve projetos.
CooperaAldeia – Rua Jorge Rubens Neiva de Camargo, 228 – Sala 24 – Americanópolis.
www.cooperaldeia.com.br. Fones: 5565.0794 e 5562.6860

 

PASSEIOS

 

Lutar pela preservação do meio ambiente, em grandes metrópoles como São Paulo, inclui a proposta de estreitar o contato com parques e jardins, valorizar o patrimônio histórico e a relação do cidadão com o espaço urbano. Um dos bons endereços na região para unir todos estes atributos é a Cinemateca Brasileira, fundação detentora do maior acervo audiovisual da América Latina e que está sediada em um dos únicos edifícios centenários da região – o antigo Matadouro Municipal.
E desde junho, os jardins da Cinemateca ganharam uma atração extra: quatro esculturas de grande porte, doadas pela Fundação Gilberto Salvador. O objetivo é tornar acessível a qualquer pessoa o contato com a escultura contemporânea. A obras concebidas em tema livre pelos artistas plásticos José Resende, Caíto e Kimi Nii, além do próprio Gilberto Salvador, permitem leituras diversas no contato entre natureza e arte.
Cinemateca Brasileira: Largo Senador Raul Cardoso, 207. Telefone: 3512.6111.

 

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