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Segurança

Crime bárbaro no Jabaquara leva a Operação Sufoco

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Vários relatos de violência, ataques por falsos entregadores em motocicletas, agressões e roubos. Alguns, com final ainda mais trágico, como o rapaz de apenas 20 anos que foi assassinado no Jabaquara, por um falso motoboy que tentava levar seu celular.

A morte de Renan por outro jovem de 23 anos, Acxel Gabriel de Holanda Peres trouxe comoção e indignação popular. Em meio a tantos relatos, a milhares de vídeos feitos por câmeras de segurança nas ruas e que inundam as redes sociais, o crime na rua Freire Farto parece ter tido o impacto necessário para a divulgação de uma ação conjunta da Prefeitura paulistana e Governo do Estado.

Essa semana, foi anunciada a Operação Sufoco, para combater a criminalidade que tem feito paulistanos saírem de casa sem aparelhos celular, receosos de conversar nas ruas ou mesmo de instalar aplicativos bancários e de transferência monetária. Afinal, também têm aumentado os casos de sequestros em que os criminosos exigem senhas e transferências de suas vítimas a partir dos aparelhos celular.

Vale destacar que a Prefeitura, desde 2017, já vinha tentando reduzir a criminalidade a partir da instalação de Câmeras por toda a cidade. O Projeto City Câmeras propôs a instalação de mais de 10 mil câmeras para “detectar, prevenir e reagir a situações de emergência, além de auxiliar na manutenção do espaço público”.

Mas, as cÂmeras espalhadas pela cidade não estão inibindo a criminalidade – embora efetivamente ajudem a identificar criminosos e elucidar as ocorrências.

Operação Sufoco

Pela Operação Sufoco, a cidade de São Paulo terá a segurança reforçada com o dobro do policiamento atual, que atualmente é de 5 mil agentes e chegará a 9,7 mil policiais, segundo anúncio oficial do Governo.

A proposta é tornar os polícias mais visíveis e presentes nas ruas, com isto aumentando a sensação de segurança da população.

As polícias definiram, em conjunto com empresas de entrega por aplicativo, um sistema de segurança e de fiscalização dos motofretistas para evitar que criminosos se passem por esses profissionais para realizar roubos.

Na capital, a Operação Sufoco irá realizar ações integradas das polícias Militar e Civil e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) em toda cidade, principalmente em 500 pontos de atenção: grandes corredores de trânsito, como as marginais Tietê e Pinheiros, avenida Rebouças e corredor Norte-Sul; áreas com maior incidência de ocorrências; e pontos de desordens.

O contingente ampliado vai permitir a utilização de 1,5 mil viaturas a mais nas ruas, sendo 500 para pronta-resposta às demandas da população. Haverá também o uso de seis helicópteros: cinco aeronaves da Polícia Militar e uma da Polícia Civil.

O aumento do efetivo nas ruas da capital será possibilitado por uma ampliação na quantidade das vagas em programas que permitem que policiais atuem em jornadas extras, ou seja, em seu horário de folga.

Neste plano, estarão incluídas as Diárias Especiais por Jornada Extraordinária de Trabalho para a Polícia Militar e a Polícia Civil (Dejem e Dejec, respectivamente), e a Atividade Delegada. O investimento mensal será de R$ 41,8 milhões no pagamento das jornadas extras dos policiais e na utilização das viaturas e das aeronaves.

Tanto a Dejem como a Dejec correspondem a uma diária de oito horas contínuas de atividade policial, com um limite máximo de dez diárias mensais para cada profissional e pagamento realizado pelo Estado. O mesmo sistema ocorre com a Atividade Delegada, que existe desde 2009 na Capital e tem o pagamento efetuado pela Prefeitura.

A Guarda Civil Metropolitana também vai colocar 750 homens a mais nas ruas, por meio do pagamento da Diária Especial de Atividade Complementar. Hoje, a média de guardas municipais nas ruas diariamente é de 1.824 homens. Com a Operação Sufoco, esse número saltará para 2.574 por dia.

Falsos entregadores de delivery

Para realizar a fiscalização de motofretistas, foi firmado um convênio entre o Governo de São Paulo e as empresas para compartilhamento dos bancos de dados dos aplicativos com o Detecta, sistema de monitoramento inteligente do Governo do Estado composto pelo monitoramento de câmeras combinado com o maior banco de dados de informações policiais da América Latina. Esse compartilhamento já começou e está sendo ampliado.

A troca da base de dados será incorporada para facilitar a identificação de falsos entregadores de delivery, que utilizam mochilas dos aplicativos de entrega para não chamar a atenção e praticar crimes. Será realizada ainda uma campanha de conscientização sobre os serviços de entrega por aplicativos, sobre as iniciativas que visam valorizar a profissão e proteger a população.

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