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Crianças aprendem ao reciclar

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Uma das situações mais complexas dessa pandemia foi a da suspensão de aulas presenciais. Crianças dentro de casa o tempo todo, acompanhando as atividades escolares apenas com o uso de tecnologia, acabaram provocando nas famílias reflexões como a necessidade de mais diálogo, atividades conjuntas, valorização de experiências com redução de consumo…

A separação de materiais recicláveis para a coleta seletiva pode ser um grande aliado nesse processo de conscientização das crianças e até mesmo de mudança de hábitos cotidianos da família.

E não se trata apenas de recorrer à criatividade para transformar embalagens em brinquedos, como muitas crianças já costumam fazer na escola. Mas também de adotar práticas que, de forma lúdica, vão transformar a vida doméstica, gerar economia e contribuir para a preservação do meio ambiente e limpeza urbana.

Reaproveitar

Todo mundo sabe que uma criança, geralmente, acaba escolhendo uma tampa de panela antiga ou uma caixa vazia para se divertir em lugar de brinquedos caros e repetitivos.

Transformar um pedaço de papelão em uma janela ou palco para teatro de marionetes pode ser mais divertido do que comprar pequenos brindes que serão descartados em pouco tempo, ou seja, que se tornarão resíduos.

E aí vai uma lição que muitas vezes passa desapercebida para as famílias: mais importante do que encaminhar para a coleta seletiva tanto a embalagem que se transformou em brinquedo quanto o brinde que foi aproveitado por pouco tempo é ampliar seu aproveitamento dentro de casa.

Trocas e doações

Em ocasiões como o Dia das Crianças e o Natal, inevitavelmente as crianças recebem presentes – brinquedos, roupas, livros, calçados, aparelhos.

Criar o hábito de separar itens para doação após a data é mais do que uma atitude solidária, é também uma maneira de ensinar às crianças que acumular não é positivo para elas ou para a humanidade e ainda pode representar danos ao meio ambiente – seja pela produção de novos itens que resultam de extrações à natureza e gastos de energia, seja pela geração de resíduos pelo descarte dos produtos no futuro. Roupas e brinquedos, vale ressaltar, só devem ser doados em bom estado de conservação e em pleno funcionamento.

Outra possibilidade que deve ser estimulada entre as crianças é a troca de itens. No retorno à escola ou em encontros com familiares, incentive que livros já lidos sejam trocados por novidades com os colegas – de forma temporária, como empréstimos, ou definitiva. Além de ser igualmente uma forma de promover o consumo consciente e evitar o descarte e a acumulação, a troca representa um momento de intercâmbio de experiências, diálogo entre as crianças, diversão desatrelada do consumo.

Coletividade

A pandemia também fez com que as pessoas que convivem em uma mesma casa passassem mais tempo juntas, com pais trabalhando em home office, crianças tendo aulas não presenciais.

Esse contato prolongado permitiu mais diálogo e, no caso das crianças, a necessidade de contribuir de forma mais direta no processo de ensino, em alguns casos até colaborando nas aulas ou resolução de lições de casa.

O momento, entretanto, é ideal também para quem quer transmitir educação e cidadania, noções de solidariedade e preservação da natureza.

No cotidiano, busque ajuda das crianças para separar os resíduos – recicláveis em uma lixeira, resíduos comuns em outra. Aproveite também para inserir hábitos de cooperação doméstica na produção de alimentos e valorize o consumo de itens naturais, como frutas e verduras, o não desperdício de comida.

Depois de separados, lembre-se: basta colocar todos os recicláveis em uma única embalagem e deixar para coleta seletiva uma hora antes do previsto para a passagem do caminhão. Nas zonas sul e leste paulistanas, o serviço de coleta seletiva é prestado pela concessionária Ecourbis Ambiental. Para saber o horário em que o serviço é prestado, basta acessar www.ecourbis.com.br/coleta/index.html

Para a volta às aulas presenciais, os novos hábitos devem se manter. O consumo de itens naturais pode se estender à lancheira, onde itens como sucos de caixinha individual representam não só algo mais caro e menos saudável, como também um produto que gera muito resíduo.

Tecnologia

A quarentena, com suspensão das aulas presenciais e incentivo ao trabalho em ambiente doméstico, comprovaram aquilo que a sociedade moderna já vinha experimentando: a tecnologia está presente de forma irreversível no cotidiano.

Celulares, computadores, tablets e tantos outros equipamentos são imprescindíveis para garantir comunicação, aprendizado, transmissão de informação em tempo real.

As crianças e os jovens modernos já vinham substituindo brinquedos comuns por itens tecnológicos há alguns anos e esse tendência agora se fortalece.

Entretanto, pais têm a missão de ressaltar que celulares e computadores agora substituem muitos dos brinquedos anteriores e que só deve ser mantido em casa aquilo que efetivamente é usado – seja para diversão ou aprendizado.

Substituir livros de papel e dvds de música ou filmes por serviços de streaming e manter arquivos em geral – inclusive apostilas – nas nuvens pode ser positivo para evitar a geração de resíduos desde que o usuário tenha a consciência de que equipamentos em geral também representam um problema para o descarte.

O Brasil já é campeão da América Latina em geração do chamado “lixo eletrônico” e o sétimo maior do planeta. São mouses, teclados, celulares, baterias, pilhas, computadores, tablets, sem falar nos brinquedos eletrônicos.

No total, o país gera 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico por ano e apenas 3% tem o descarte correto – o restante vai para o lixo comum, o que é prejudicial ao meio ambiente. O ideal, quando se deteriora ou quebra um aparelho, é procurar o fabricante e se informar sobre qual é o descarte correto.

Atualmente, o Brasil conta com 170 pontos de coletas de lixo eletrônico como calculadoras, baterias, computadores, celulares, entre outros equipamentos eletrônicos. Do total, 100 deles foram implantados após três meses da assinatura do acordo setorial de eletroeletrônicos, realizada há um ano. A meta do Governo Federal é que sejam criados cinco mil pontos de coleta ao final do programa, abrangendo os 400 maiores municípios brasileiros, o que representa 60% da população do País.

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