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Urbanismo

Córrego Ipiranga: nova promessa de obra

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Enchente no córrego do Ipiranga em 1999. Embora o problema seja antigo, assim como as obras, segundo levantamento feito pelo Portal UOL, foi em 2011 que aconteceu o maior número de alagamentos na Ricardo Jafet: 27

Em 2011 (foto), o jornal São Paulo Zona Sul mostrava que as enchentes no Córrego Ipiranga eram antigas, remontavam há três décadas. Mas, só naquele ano haviam sido registradas 27 inundações, um recorde.

Em 2013, o jornal anunciou que verbas do Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC, do Governo Federal, seriam destinadas às obras antienchentes a serem desenvolvidas ali. Como também seriam parcialmente usadas na readequação da bacia dos córregos das Éguas e Paraguai, que provocavam enchentes nas avenidas José Maria Whitaker e Ascendino Reis, em Mirandópolis.

Em 2015, o jornal anunciou que as obras para construção de dois piscinões na região da lagoa Aliperti, junto à Avenida Abraão de Moraes, estavam licitadas e sairiam em breve, conforme promessa da Prefeitura, para acabar finalmente com as enchentes do Córrego Ipiranga.

Em 2016, sucessivos prazos foram prometidos, nunca cumpridos, para o início das obras.

O Córrego do Ipiranga sofre com enchentes há décadas e passa por obras há mais de 30 anos. Parecem infindáveis… e inúteis.

A Readequação da Bacia dos córregos Paraguai e Éguas, que eliminariam enchentes nas avenidas José Maria Whitaker e Ascendino Reis, além da Praça Juca Mulato (em frenteo ao Tribunal de Contas do Município) também é fruto de estudo antigo. E a promessa da obra foi incluída nos planos de metas dos governos Marta, Serra, Kassab, Haddad… mas nunca saiu do papel.

Agora, novamente, a Prefeitura anuncia que as obras serão levadas adiante. E com recursos do PAC, que finalmente seriam liberados.

Esta semana, o prefeito João Dória recebeu em seu gabinete o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Ele assegurou R$ 452 milhões em recursos do governo federal para a cidade durante 2017. Os recursos serão investidos nas áreas de saneamento, mobilidade e habitação na capital paulista.

Na área da drenagem, foram liberados R$ 161 milhões para as obras de combate às enchentes na Bacia do Rio Aricanduva, nos córregos Zavuvus, Tremembé, Ipiranga, Paciência, Morro do “S”, Uberaba/Paraguai Éguas, Ribeirão Perus, além do Vale do Anhangabaú e para as obras do Programa de Redução de Alagamentos na cidade.

Outras obras

Os recursos prometidos também serão destinados a outras ações que estavam paralisadas ou em ritmo lento.

A Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) receberá do governo federal, durante este ano, R$ 160 milhões que serão investidos em obras de saneamento e urbanismo na região de Paraisópolis, no PAC Encostas e na reativação do contrato do PAC Mananciais.

Para a mobilidade, a capital receberá ao longo do ano R$ 131 milhões que serão destinados às obras para conclusão do Terminal Itaquera e em quatro corredores de ônibus nas zonas Leste e Sul.

Moradia popular

Com o objetivo de ampliar a oferta de moradia popular, outra importante questão abordada durante a reunião foi a viabilização de 15 mil novas unidades habitacionais pelo programa Minha Casa Minha Vida, ainda em 2017.

“Especificamente na faixa 1 do programa nós tivemos apenas 1,2% da produção nacional do Minha Casa Minha Vida no município de São Paulo. Pelas contas que fizemos, o governo federal teria que ter investido pelo menos R$ 10 bilhões para a gente ficar na média nacional”, disse o secretário municipal de Habitação, Fernando Chucre.

Não foi divulgado se estes investimentos contemplam habitações populares para cumprir a meta de 4 mil apartamentos na região da Água Espraiada, que permitiriam a continuidade das obras.

Será que finalmente os projetos sairão do papel? Vale destacar que, durante a campanha à Prefeitura, todos os candidatos evitaram falar em grandes obras em suas promessas na televisão, em debates ou  planos de governo.

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