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Consumo: sustentável até no delivery

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Em 15 de março, comemora-se o Dia do Consumidor. Nos últimos anos, a data vem sendo marcada por promoções do comércio e indústria. Mas, na verdade, existe para que cada cidadão desenvolva sua consciência para se tornar um consumidor responsável.
Isso significa não apenas evitar compras por impulso e sim desenvolver uma postura crítica no momento de decidir adquirir qualquer produto ou serviço.

Além de não investir em itens supérfluos, o consumidor moderno faz escolhas sustentáveis, preferindo marcas que diminuem o impacto ambiental na produção, transporte e comercialização, que representem menor consumo de energia durante o uso, que tenham maior durabilidade e que se preocupam com a menor geração de resíduos, com a reciclagem dos itens colocados em mercado e descarte correto dos produtos ao final de sua vida útil.

Aliás, quando se fala em consumo consciente, a atenção à geração de resíduos resume as boas práticas. A rotina contemporânea determina a necessidade de outra atenção por parte do consumidor: com o serviço de entregas, o “delivery”.

É cada vez mais comum que as pessoas façam compras por telefone, aplicativos de mensagens, sites de comércio virtual. Isso vale para a entrega de refeições prontas, compras de supermercado, itens de uso doméstico, roupas, livros… Enfim, uma infinidade de opções são vendidas “on-line”, muitas vezes por preços menores e com entrega rápida, sem falar na praticidade de receber em casa, sem precisar de deslocamento e gasto de tempo.

Esses novos hábitos têm vantagens e desvantagens e o consumidor precisa equilibrar suas práticas. Por um lado, a compra virtual evita o gasto de combustível do consumidor, por outro, entretanto, compromete a sobrevivência do comércio tradicional.

Há diversas formas de reduzir a geração de resíduos, contribuir com a limpeza urbana e manter ações sustentáveis em tempos de comércio virtual.

1. Atenção às embalagens

Qualquer produto vendido virtualmente vem com várias embalagens, Para além daquela do fabricante, há ainda um saco plástico ou caixa de papelão envolvendo o item.

Dados do setor de produção de embalagens mostram crescimento constante, há mais de cinco anos, especialmente após a pandemia, que fez crescer a procura por compras online.

Outro material muito comumente usado nas entregas é o plástico bolha, por conta da proteção de materiais sensíveis. Produzido de polietileno de baixa densidade, o plástico bolha é bem recebido e gera renda para as cooperativas vinculadas ao Programa Socioambiental de Coleta Seletiva da Prefeitura.

Vale ressalvar que, em todos os casos, sempre que for possível prefira reaproveitar as embalagens antes de descartá-las. Use caixas, sacolas e até o plástico bolha para armazenar produtos, envios pelo correio, embalar presentes etc.

Depois, todo papelão e plástico restantes das entregas deve ser encaminhado para a coleta seletiva. Nas zonas sul e leste da cidade, esse serviço é prestado pela Ecourbis Ambiental, em datas e horários diferentes da coleta tradicional. A concessionária mantém uma Central

Mecanizada de Triagem na zona sul paulistana com capacidade para processar até 250 toneladas de materiais recicláveis por dia. Para conhecer o cronograma na região onde mora, acesse o site ecourbis.com.br e verifique a aba “Horário de Coleta”. Basta inserir seu endereço ou CEP para saber em que data cada uma das equipes de coletores atua em sua rua.

2. Descarte itens limpos

Embalagens limpas e secas podem ir diretamente para a reciclagem em um saco ou caixa único, no dia e horário previstos da coleta seletiva. Já no caso das refeições, é preciso separar embalagens que vêm engorduradas ou com restos de comida, porque podem contaminar o material reciclável. Um bom exemplo é a caixa de pizza. Em geral, a parte de baixo está suja e é inapropriada para a reciclagem. A tampa, por sua vez, pode ser separada e encaminhada junto a outros recicláveis, como vidros, metais, plásticos.

Importante é entender que as sobras de material orgânico, ou seja, de comida, podem comprometer a limpeza dos locais de armazenamento dos recicláveis. A sujeira em uma embalagens pode vazar ou se espalhar e contaminar outros recicláveis que sejam encaminhados conjuntamente e acaba por comprometer todo o lote que estiver no mesmo espaço.

Para evitar essa situação, uma dica simples é deixar os recicláveis na pia e, quando for lavar a louça, aproveitar para enxaguar potes, garrafas long neck (vidro), garrafas pet (plástico), caixas longa vida, latinhas e demais embalagens que chegaram em sua casa com alimentos e bebidas. Guardanapos e papeis sujos vão para o lixo comum, não devem ser misturados.

Essa limpeza rápida e simples ainda garante um ambiente de trabalho saudável para os agentes ambientais que trabalham em cooperativas e centrais de triagem dos recicláveis.

3. Dê sugestões sustentáveis

O Dia do Consumidor foi criado para que cada cidadão compreenda seus direitos e seus deveres nas compras cotidianas.

Assim, o consumidor também tem um papel importante para aprimorar produtos e serviços oferecidos no comércio. Esteja sempre atento a algumas características e mantenha contato constante com o comércio e a indústria, seja para apontar problemas quanto para dar sugestões.

O material usado pelo seu restaurante preferido para enviar comida é inadequado? Gera muitos resíduos? Não é reciclável? Entre em contato para sugerir alterações, como trocar o isopor ou o papel alumínio por papelão.

Vale também entrar em contato com indústrias e questionar o destino de garrafas pet e garrafas long neck produzidas, sugerir aos fabricantes de eletrônicos que criem postos de descarte tanto para seus produtos quanto para as baterias na proximidade de sua casa.
Importante lembrar que as zonas sul e leste atualmente contam mais de 300 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) exclusivos para vidros – sejam garrafas inteiras ou cacos. Eles são amarelos e estão em praças e vias públicas, instalados pela concessionária Ecourbis

4. Evite sachês e o plástico

A responsabilidade do consumidor está em suas escolhas. Muitos restaurantes e outros serviços de entrega de refeições perguntam se é preciso enviar talheres descartáveis, no momento da compra. Mantenha kits de talheres e copos não descartáveis até mesmo em seu escritório para recusar esses itens.

Também é melhor ter em casa ou no escritório os temperos que costuma usar. Recuse sachês de catchup, mostarda, maionese, sal, azeite etc. Ainda que o restaurante não pergunte, avise que não precisa receber esses itens junto com o pedido.

Muitos consumidores jogam fora sem sequer consumir o conteúdo desses sachês. Mesmo quando são usados, não são recicláveis e aumentam a quantidade de resíduos gerados.

Importante apontar que mesmo descartáveis feitos de material mais sustentável, como é o caso de canudos de papel ou talheres de bambu, devem ser recusados sempre que possível, na mesma lógica de reduzir o lixo doméstico.

Há outros itens que precisamos recusar ou reduzir drasticamente o uso, sempre que possível, enquanto consumidores. Recuse brindes de plástico, balões (bexigas) ou sacolinhas de plástico e limite o uso de guardanapos.

5. Combate ao desperdício

As compras pela internet já eram uma tendência com avanços tecnológicos e representam uma facilidade da sociedade moderna, que se intensificou após a pandemia, com famílias inteiras passando muito tempo em suas casas.

Mas, como em qualquer processo de consumo, é necessário ter cautelas para evitar excessos. É realmente necessária a troca de celular? Não é possível modificar combinações de roupas e economizar na compra de uma nova peça? O material escolar do ano anterior não pode ser reaproveitado, ainda que parcialmente? A quantidade de comida não é exagerada?

Depois de avaliar as reais necessidades de compra, lembre-se de descartar corretamente os itens substituídos. Aparelhos quebrados, por exemplo, podem ser enviados ao ecoponto. Busque no site prefeitura.sp.gov.br
os endereços. Há marcas de roupas que recebem itens em mau estado e encaminham tecidos para reciclagem. Lâmpadas devem ser devolvidas em lojas do ramo.

Considere a possibilidade de congelar alimentos, sempre que houver sobras nos pedidos.

Em síntese, o consumidor moderno precisa se adaptar e compreender que até nas compras online é preciso estar atento à geração de resíduos e contribuir para a reciclagem das embalagens.

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