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História

Concluída primeira fase de restauro do Monumento à Independência

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Desde 2013, o Museu Paulista – mais conhecido por Museu do Ipiranga – está fechado por conta das condições estruturais precárias em que estava o prédio. Ali, as perspectivas não são nada boas: em ritmo lento, as obras devem ser concluídas apenas nove anos depois de seu fechamento, em 2022, quando se celebra o bicentenário da Independência.
Ao redor do Museu, existe um Parque e o famoso Monumento à Independência do Brasil. Em situação similar, o conjunto histórico está passando por ampla obra de restauro, igualmente tendo em vista a celebração de 2022 – daqui cinco anos!
Esta semana, a Prefeitura – responsável pelo monumento, já que o Museu tem sua manutenção e recuperação sob responsabilidade do Governo do Estado – anunciou a conclusão do restauro do painel frontal do Monumento.
As obras têm sido coordenadas pelo restaurador francês Antoine François Amarger. Segundo a Secretaria Municipal de Cultura, a recuperação do painel procurou preservar o caráter histórico, dando ênfase às qualidades plásticas das escul­turas e assegurando uma reestruturação metálica e de ancoragem que promovam uma maior longevidade a todo o conjunto em metal e suas intersecções com a alvenaria e cantaria do monumento.
O exemplar arquitetônico foi inaugurado em 1922, em comemoração ao centenário da independência política do país. De acordo com a Secretaria, as últimas obras de restauração e conservação aconteceram no início dos anos 2000.
O especialista francês Antoine Amarger coordena uma equipe de dez técnicos de diversas nacionalidades conviveram durante três meses trabalhando e discutindo soluções para os problemas que se apresentavam durante o processo de restauração.
A vizinhança e comunidade que frequenta o parque também participou, através de debates e visitas técnicas de universidades, museus e grupos independentes, com apoio do Museu Paulista. Também participaram sete grafiteiros, alguns deles da comunidade local, que realizaram intervenções artísticas no tapume de proteção.
O Monumento à Independência do Brasil é considerado um dos maiores grupos escultóricos em bronze da América Latina e, na Cripta Imperial, localizada abaixo do monumento, repousam os restos mortais dos primeiros imperadores do Brasil: Dom Pedro I, Dona Leopoldina e Dona Amélia. Trata-se, portanto, de um monumento de importância nacional. O conjunto é tombado pelo CONDEPHAAT, Conpresp e IPHAN e é também um importante documento histórico sobre o processo de fundição da época, revelando o caráter embrionário das fundições de obras de arte no Brasil.
A restauração do painel frontal é a primeira etapa de um processo que deve reformar todo o monumento. Foram investidos R$ 1,1 milhão, advindos do Funcap – Fundo de Proteção do Patrimônio Cultural e Ambiental Paulistano.

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