Ecourbis
Como cuidar dos resíduos em condomínio?

A maior cidade do país passa por mudanças constantes em sua paisagem. Uma das mais comuns é o surgimento de novos prédios. Viver em condomínios – sejam eles desses novos empreendimentos com arquitetura moderna ou antigos e pequenos edifícios com estrutura mais antiga – traz diversos desafios, em geral relacionados a dividir deveres e direitos.
O conceito, aliás, vem daí. O domínio sobre a moradia é compartilhado entre diferentes pessoas e, portanto, as responsabilidades são também de todos.
O condomínio é um pequeno universo urbano, com a necessidade de diálogos e negociações para que o cotidiano se mostre organizado e positivo para quem ali vive.
Resolver questões referentes à geração de resíduos é um desses desafios e as regras de convivência podem levar a melhor qualidade de vida, além de evitar problemas que vão da proliferação de ratos e insetos até a segurança e prevenção de incêndios.
Embora conjuntos de edifícios com muitas unidades habitacionais tenham volume maior, isso não significa que pequenos prédios também não possam enfrentar situações complexas para garantir a limpeza do prédio.
Algumas dicas são fundamentais para facilitar esse processo, qualquer que seja o porte do condomínio.
1. Lixeiras e contêineres
A primeira preocupação deve ser com a implantação e com o posicionamento de lixeiras menores e contêineres para armazenar resíduos e dejetos comuns, bem como o material reciclável. De preferência, esses equipamentos devem ser posicionados em áreas cobertas e que não impeçam o dificultem a passagem. Os especialistas em segurança também não indicam a instalação de lixeiras “por andar”. Representam riscos no combate a eventuais incêndios.
Mas não é só por questão de segurança que se orienta deixar apenas contêineres em um local único nas áreas comuns do prédio. Essa disposição também gera conscientização dos moradores, já que a responsabilidade por cuidar dos resíduos gerados em cada domicílio.
Assim, os condôminos devem acondicionar em sacos de lixo todo o material orgânico e dejetos, separar em outra embalagem os recicláveis e então levar para os contêineres específicos localizados no prédio.
Vale destacar que a concessionária Ecourbis Ambiental disponibiliza contêineres para condomínios residenciais, gratuitamente. Basta preencher o formulário disponível em tinyurl.com/y7sacf2a.
Mais informações em https://www.ecourbis.com.br/conteiner-coleta-seletiva
2. Cuidados ao embalar
Tanto o “lixo” comum quanto os materiais recicláveis demandam alguns cuidados na hora de ensacar para descartar.
Os resíduos comuns precisam ser embalados em sacos resistentes e sem que sua capacidade seja ultrapassada. Dessa forma, é possível fazer um nó forte e o peso ou volume não vão provocar rasgos ou arrebentar essa embalagem.
Além disso, evite sempre objetos pontiagudos sem proteção e não coloque líquidos que possam vazar no contêiner do prédio, o que dificulta a higienização e pode causar mau cheiro, atrair insetos ou outros animais transmissores de doenças.
Em caso de alimentos muito gordurosos ou com caldo, procure peneirar antes ou reforce o descarte, colocando dentro de algum pote plástico,
Para a coleta seletiva, o importante é dar uma enxaguada nos itens descartados. Aproveite o momento de lavar a louça para remover o excesso de sujeira em potes de manteiga, latinhas de molho, caixinhas de leite longa vida e outros invólucros que vão para a reciclagem.
As embalagens de comida só devem ir para o contêiner dos recicláveis se não estiverem engordurados. Assim, as caixas de pizza, por exemplo, só podem ter a tampa reciclada, já que essa parte em geral não está engordurada.
Outra preocupação deve ser justamente não misturar os resíduos comum e dejetos com os itens da coleta seletiva, evitando contaminação dos recicláveis.
Alguns condomínios na cidade já determinam a obrigatoriedade de separar os recicláveis em sua Convenção ou no Regimento Interno. É uma boa medida para estimular a consciência ambiental e de limpeza urbana entre os moradores, ao mesmo tempo que agiliza e organiza o trabalho de coleta.
Não despeje cinzas de cigarro dentro de latinhas de alumínio, não coloque sobras de comida ou sujeira da limpeza doméstica junto com papel, plástico, metal e vidro.
No caso do vidro, importante identificar onde estão armazenados com um bilhete, evitando acidentes para os funcionários do edifício e também para os coletores que vão fazer a retirada dos resíduos do condomínio.
Se possível, separe os vidros e leve até os Pontos de Entrega Voluntária específicos para esse tipo de material. Os PEVs estão espalhados em mais de 300 pontos das zonas sul e leste da capital pela concessionária Ecourbis Ambiental, responsável tanto pela coleta comum quanto pela seletiva nessa região da cidade. São amarelos e recebem cacos e embalagens inteiras de vidro. Só não devem ser depositados ali espelhos, lâmpadas e vidros de janelas, que não são recicláveis.
3. Resíduos especiais
Fez uma pequena obra dentro do apartamento e sobraram restos de construção? Está trocando as lâmpadas que queimaram? Tem muitas baterias e pilhas para descartar? Está com um móvel quebrado ou um aparelho que não funciona mais e não tem possibilidade de conserto?
O ideal é levar esses itens até um ecoponto – há mais de 100 deles espalhados pela cidade e os endereços estão disponíveis em https://capital.sp.gov.br/w/conhe%C3%A7a-os-ecopontos
-da-cidade-de-s%C3%A3o-paulo.
É possível descartar pequenas quantidades de entulho (até 50kg) também pela coleta de resíduos comum. Mas, lembre-se de usar sacos de rafia, à venda em lojas de material de construção, que têm capacidade para suportar esse volume sem arrebentar.
Para as pilhas, baterias, aparelhos que não mais funcionam, busque pontos de coleta de lixo eletrônico. Há PEVs específicos em vários parques, mas os pontos de venda desses itens no comércio também recebem o descarte, seguindo a política de “Logística Reversa”, que estabelece as responsabilidades dos fabricantes em recolher e dar destinação final correta a eles.
O mesmo acontece com lâmpadas. É responsabilidade do morador do condomínio levar o produto, quando quebrado ou fora de funcionamento, até lojas do ramo.
4. Caixas e campanhas
Alguns condomínios têm desenvolvido campanhas de conscientização ou criado pontos de descarte especial que não apenas representam facilidades para seus moradores como também se transformam em ações solidárias e sociais importantes.
Uma das ideias mais comuns é deixar na portaria uma caixa para o descarte de pilhas e baterias usadas. Mas os prédios com mais espaço disponível chegam a ter um recipiente específico para descarte de lixo eletrônico em geral.
Outros condomínios adotam campanhas solidárias sazonais ou permanentes. Em parceria com Ongs e entidades assistenciais, deixam caixas para que os moradores possam fazer doações.
Vale lembrar que é baixíssima a reciclabilidade – ou seja, a viabilidade econômica e técnica de reciclar – itens como roupas, calçados e brinquedos. Assim, o ideal é repassar esses produtos quando não servem mais à sua família. Atenção, entretanto, ao fato de que só devem ir para doação coisas e objetos que estejam em boas condições de uso e funcionamento.
Além de contribuir com trabalhos importantes na sociedade, as doações ainda evitam que estes itens sejam descartados como lixo.
5. Pequenos edifícios
Mesmo em prédios com poucos apartamentos ou área comum reduzida, ainda bem comuns em bairros da zona sul da capital, a preocupação com o descarte correto dos resíduos deve ser constante.
A concessionária Ecourbis Ambiental, responsável pela coleta de resíduos comuns e também pela coleta seletiva, implanta contêineres de coleta seletiva em vias públicas, também, desde que haja condições viárias.
Em prédios pequenos, sem áreas comuns nem portaria, é importante que o síndico ou o zelador desenvolvam campanhas de orientação para que os moradores levem os sacos de lixo comum ou de recicláveis até a via púbica nas datas corretas.
Para saber dia e horário de cada tipo de coleta, basta entra no site www.ecourbis.com.br/coleta/index.html e indicar o CEP ou endereço..
6. Condomínios mistos
Todos os estabelecimentos comerciais com geração de resíduos acima de 200 litros por dia são considerados Grandes Geradores e devem contratar coleta privada para a remoção desses resíduos.
A obrigatoriedade de arcar com a coleta e destinação particulares também pode atingir edifícios não-residenciais ou de uso misto cuja soma dos resíduos sólidos gerados pelas unidades autônomas que os compõem, totalize o volume médio diário igual ou superior a 1.000 (mil) litros.
A SP Regula disponibiliza um sistema eletrônico auto-declaratório em http://residuos.spregula.sp.gov.br.
