Política
Com falecimento de Bruno Covas, vice Ricardo Nunes assume Prefeitura
O prefeito eleito de São Paulo, Bruno Covas, perdeu a luta que travava desde outubro de 2019 contra o câncer. A morte do prefeito foi decretada às 08h20 do domingo, 16 de maio, depois de 14 dias de internação no Hospital Sírio Libanês.
Covas, de 41 anos, havia se licenciado do cargo em 2 de maio, depois de sentir dores e ter constatado um sangramento no aparelho digestivo. Apesar de estancado o sangramento, a situação seguiu grave até que no final da sexta, 14 de maio, um boletim do hospital indicava que o quadro clínico era irreversível e que o prefeito seguiria sedado, em leito de terapia semi intensiva, ao lado de familiares.
O velório do prefeito aconteceu no Hall da Prefeitura paulistana, no Viaduto do Chá, restrito à família e amigos próximos. O enterro foi no mesmo dia, no cemitério Paquetá, em Santos, cidade natal de Bruno Covas e onde está sepultado também o avô, o ex-governador Mario Covas.
Histórico
A doença foi detectada quando o prefeito fez uma série de exames para entender a origem de outros diagnósticos.
Covas se internou por um dia para tratar uma erisipela, uma espécie de infecção de pele. Além de dificuldades para conter o problema, os médicos constataram que o quadro evoluiu para uma trombose e embolia pulmonar. Ao investigar a saúde do prefeito, a equipe médica detectou o câncer na cárdia, já em metástase.
O prefeito seguiu trabalhando e decidiu, inclusive, candidatar-se à reeleição. Com o lema “Força, foco e fé”, venceu o pleito em outubro de 2020, um ano após o diagnóstico do câncer, e tomou posse em janeiro.
O prefeito manteve agenda restrita, com reuniões virtuais e despachos internos. Chegou a tirar dias de férias para novas sessões de quimioterapia, até que no início desse mês o quadro se agravou e a decisão do prefeito e da equipe médica foi pelo afastamento do cargo, assumido pelo vice, Ricardo Nunes.
Vice assume
Menos de seis meses após a posse, Quem assume a Prefeitura paulistana, em definitivo, é Ricardo Nunes. Político do PMDB, Nunes já ocupava o cargo de forma interina desde o licenciamento de Bruno Covas em 2 de maio.
O novo prefeito da maior cidade do país, que assume praticamente o mandato completo, iniciou a vida profissional como empreendedor, aos 18 anos, fundando um jornal de bairro de nome “Hora de Ação”. Na mesma época, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Foi presidente da Associação Empresarial Região Sul (AESUL) e fundador da Associação das Empresas Controladoras de Pragas do Estado de São Paulo (ADESP). É voluntário, há mais de 20 anos, na Sociedade Beneficente Equilíbrio de Interlagos (SOBEI).
Em 2012, foi eleito vereador de São Paulo (SP), com 33 mil votos, e reeleito em 2016, com 55 mil votos.
Em seu segundo mandato, aprovou leis de sua autoria simplificando e tornando a legislação mais aderente à realidade municipal. Oferecer segurança jurídica ao empreendedor, combater a corrupção e incentivar o desenvolvimento foram foco de suas leis.
Atuou na CPI dos Grandes Devedores de São Paulo, na educação e também em questões ligadas à religião.
Casado e pai de três filhos, mora na região sul de São Paulo, onde mantém atuação política.