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Coletores têm proteção no trabalho

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A pandemia de coronavírus no planeta está alterando a rotina, as necessidades e a atuação de pessoas, instituições, empresas e poder público. Também com relação à geração e destinação de resíduos, é preciso ficar atento.

Durante a quarentena, para preservação da população e redução do contágio, vários cuidados precisam ser tomados. Em especial porque há pessoas ainda atuando em diversos serviços essenciais – entre eles, a coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos.

Nos últimos dias, o que se viu na capital paulista foi uma forte demonstração popular de apoio ao trabalho de coletores e motoristas das coletas domiciliar e seletiva, que continuam sendo executadas na cidade.

Mas, além de aplaudir a atuação desses profissionais, é preciso também adotar medidas de proteção a eles – que, aliás, são válidas como atitude de respeito e valorização.

Máscaras?

Ao mesmo tempo, a pandemia com impacto inédito na sociedade também gera muitas dúvidas. Uma delas é sobre o uso ou não de máscaras, cotidianamente.

Vale ressaltar que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, as máscaras só devem ser usadas pessoas com sintomas respiratórios, profissionais de saúde ou cuidadores de pessoas com sintomas. Além disso, o uso de máscaras deve seguir as boas práticas de uso, remoção e descarte, assim como higienizar adequadamente as mãos antes e após a remoção. Especialistas ainda apontam que as máscaras podem se deslocar no rosto e cair, inadequadamente.

O uso, portanto, não é adequado para profissionais de outras áreas, incluindo da coleta de resíduos sólidos, que já usam luvas e outros equipamentos de proteção. Além de desnecessárias para a função, atrapalham a movimentação rápida e respiração dos coletores.

Os profissionais da coleta já usam uniformes especiais, luvas reforçadas, calçados adequados à função. Nessa fase de quarentena, eles têm recebido também álcool em gel. Os caminhões passam por lavagens periódicas e as cabines recebem tratamento sanitizante completo, assim como as áreas de circulação comum.

Também nas garagens e transbordos, um trabalho contínuo de orientação para prevenção do coronavírus tem sido promovido para que os coletores lavem as mãos várias vezes aos dias, deixem de cumprimentar os colegas com apertos de mão, abraços ou beijos, além de deixarem de se aglomerar e formar grupos de conversa.

O que fazer?

Quanto ao descarte do resíduo domiciliar, uma das recomendações é reforçar os sacos de lixo. Os materiais deverão ser ensacados 2 (duas) vezes em sacos resistentes, descartáveis e com enchimento de até dois terços da sua capacidade. A medida busca evitar o contato dos coletores com possíveis resíduos contaminados.

A medida ganha ainda mais importância nessa época de quarentena, mas na verdade deveria ser adotada pela população de maneira definitiva.

O saco de resíduos mal amarrado pode abrir ao ser levantado pelos coletores, o excesso de peso pode provocar seu rompimento e a disponibilização fora do horário correto para a coleta traz vários outros danos ambientais à cidade, como o risco de ataque por animais ou de ser levado por enchentes.

Outro cuidado deve ser com materiais perfuro-cortantes – vidros quebrados, objetos pontiagudos, agulhas e outros itens que podem arrebentar os sacos ou até ferir pessoas devem ser enrolados em folhas de papel ou colocados dentro de pets antes de serem colocados nos sacos de resíduos.

Nas Zona Sul e Leste de São Paulo, as coleta domiciliar e seletiva são executadas pela concessionária Ecourbis Ambiental. Confira os horários no site: https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html

Eventuais mudanças

O trânsito está bem mais leve na cidade, durante a quarentena, facilitando a circulação dos caminhões de coleta – seletiva ou tradicional.

Ainda assim, a coleta dos resíduos domiciliares comuns pode atrasar até três horas depois do horário programado, devido a um reajuste que vem sendo feito nos horários de entrada dos coletores.

O objetivo da mudança também é de proteção aos profissionais: a medida evita aglomerações nas equipes, que trabalham agora em horários alternados, nas garagens e pontos de transbordo.

Entre os aprendizados que a quarentena pode nos trazer, está também a atenção a esse processo de circulação da coleta na cidade. Quando a situação se normalizar e o trânsito voltar a se complicar, lembre-se da importância desse serviço ininterrupto e respeite as equipes nas ruas, não buzinando ou fazendo manobras arriscadas para ultrapassar os caminhões da coleta.

Saúde e seletiva

A coleta de resíduos de saúde na capital, que é feita por vans especiais, também continua ocorrendo. Esse tipo de trabalho já segue uma série de protocolos de segurança especiais, agora reforçados.

No caso da coleta seletiva, para evitar a exposição dos funcionários aos resíduos, a destinação dos recicláveis deverá ser realizada sem qualquer triagem manual, dispensando a atuação dos cooperados. Essa medida inclui a triagem nas Centrais de Mecanizadas de Triagem, como a Carolina Maria de Jesus, em Santo Amaro (leia mais na matéria abaixo).

As ações integram um Plano de Contingência de Gestão de Resíduos Sólidos para a cidade, elaborado pela Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) em parceria com os consórcios de varrição e coleta domiciliar, e segue as diretrizes da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de Portugal, com a colaboração da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELP).

“A Amlurb criou um comitê de crise entre as lideranças da autarquia com os consórcios de limpeza para monitorar, acompanhar e tomar as principais decisões durante a pandemia. Nesse momento, a saúde dos agentes de limpeza é o nosso ponto de atenção. Estamos reforçando os protocolos de higiene e segurança do trabalho para manter o serviço de limpeza urbana, considerado essencial para a cidade”, diz Edson Tomaz de Lima Filho, presidente da autarquia.

Outra ação que integra o Plano vem sendo desenvolvida no entorno das unidades de saúde. A ação acontece em dezenas de endereços distribuídos pela cidade.

Além da lavagem, também houve pulverização de água, sabão e água sanitária nos pontos de ônibus e bancos nas proximidades. A ação será expandida para entornos de comércios, estações de trem e metrô.

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