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Cinemateca vai reabrir

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São quase dois anos totalmente fechada e mais um longo período de indefinições e precariedade por conta da falta de uma política clara e repasse de verbas. Mas, agora a reabertura da Cinemateca tem data e a comunidade torce para que dê muita sorte: sexta-feira, 13 de maio.

Sob administração da Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC) e com nova diretora – Maria Dora Mourão – a instituição é responsável pela manutenção e difusão do maior acervo audiovisual da América Latina. Ali, na sede da Vila Mariana, reside a memória do cinema nacional – sem falar na história do próprio prédio, que é tombado e um dos principais patrimônios históricos e arquitetônicos da cidade.

A SAC assumiu a gestão da Cinemateca em dezembro passado, depois de muitas polêmicas e abandonos, e passou a reorganizar a casa, sua administração, reestabelecer projetos para que todo esse material seja aproveitado pelo público e preservado para gerações futuras.

Vale ainda destacar que a própria sede da Cinemateca é também uma ótima opção de passeio, para além das salas e sessões de cinema. Pelos jardins, onde se espalham obras de arte, a comunidade passeava, levava crianças, fazia piqueniques – sem falar nas sessões ao ar livre e gratuitas para o público, que se espalhava pelo gramado para assistir filmes.

Biblioteca

A reabertura ao público, na verdade, já teve início a partir da Biblioteca Paulo Emílio Sales Gomes, do Centro de Documentação e Pesquisa da Cinemateca Brasileira.

Esses espaços já estão recebendo interessados em pesquisa, ainda que em horário restrito de atendimento: das 10h às 17h, mediante agendamento pelo e-mail biblioteca@cinesac.org.br.

Os interessados podem realizar pesquisas prévias nos catálogos, por meio do site bases.cinemateca.gov.br e encaminhar a seleção de materiais via e-mail, solicitando o agendamento. Ao enviar a solicitação, é importante incluir o número de acesso dos materiais desejados.

O acervo não é circulante, sendo restrito ao ambiente da biblioteca. Para consulta local, é obrigatório o uso de máscara e a apresentação do comprovante de vacinação.Para dúvidas, escreva para o endereço de e-mail da biblioteca.

Streaming

Em sintonia com tempos modernos, a Cinemateca ainda divulgou em suas redes sociais outra novidade nas últimas semanas.

Desde o dia 29 de abril, a Itaú Cultural Play, plataforma gratuita de streaming dedicada ao cinema nacional, mantém um espaço permanente para mostras com curadoria da Cinemateca. Como lançamento dessa parceria, a IC Play apresenta 13 filmes, divididos em duas seleções: O cinema sempre foi colorido e Veja o Brasil.

“O cinema sempre foi colorido” traz seis produções dos tempos do cinema mudo brasileiro, colorizadas por técnicas como pintura à mão, estêncil, tingimento e viragem. Os filmes que compõem essa mostra são: “Exemplo Regenerador” (1919); “Brasil pitoresco: as viagens de Cornélio Pires” (1925); “Veneza Americana” (1925); “Ouro Fino” (1926); “Braza Dormida” (1928); e “Companhia Docas de Santos” (1928).

“Veja o Brasil” apresenta sete filmes curtos realizados pelo pesquisador Alceu Maynard de Araújo para a extinta TV Tupi, nos anos 1950. Os filmes que compõem essa mostra são: “Petróleo, Sondas e Refinarias” (1950); “Manaus – Rubens Ferreira” (1950); “Arte Popular” (1950); “Bahia de Dona Janaína” (1951); “Casa de Farinha” (1950); “Noite de São João” (1950); e “Crepúsculo de Tupã” (1950).

Para assistir aos filmes, basta acessar o link itauculturalplay.com.br e cadastrar-se gratuitamente.

Reabertura

Ainda não foram divulgados detalhes da programação de reabertura da Cinemateca. Acompanhe a instituição nas redes sociais ou em nosso site: jornalzonasul.com.br

O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.

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