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Cinco formas de desperdiçar dinheiro

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Afinal, qual o significado da palavra “lixo”? De acordo com o dicionário Oxford, é “qualquer material sem valor ou utilidade, ou detrito oriundo de trabalhos domésticos, industriais etc. que se joga fora”. Também pode significar “tudo o que se retira de um lugar para deixá-lo limpo”.

Mas, se lixo é aquilo que não tem valor, por que será que desperdiçamos tantos recursos descartando aquilo que tem? Da comida ao item que poderia ser reaproveitado ou reciclado, o brasileiro descarta coisas muito valiosas e perde muito dinheiro considerando lixo aquilo que não é. Dinheiro próprio e também recursos públicos, gastos sociais.

Além de ter pago por aquilo que está indo para o lixo, o brasileiro muitas vezes ainda desperdiça recursos públicos que são usados nos serviços de descarte correto dos resíduos. Afinal, o volume poderia ser menor, o espaço ocupado em aterros sanitários para abrigar esses resíduos seria menor e duraria mais.

Veja os sinais de que você está e sua família podem estar jogando dinheiro fora – e não “lixo”.

1. Você joga fora sobras

O principal problema é a comida. No mundo, estima-se que um terço dos alimentos produzidos é descartado.

No Brasil, a quantidade de comida que acaba em aterros sanitários seria suficiente para matar a fome das populações mais carentes e que vivem em insegurança alimentar.

Mas, para além do problema social, do absurdo de não aproveitar alimentos em condições de uso, jogar no lixo alimentos custa muito para cada família.

O arroz é o alimento mais desperdiçado no Brasil respondendo por 22% do total que vai pro lixo. Depois vem a carne bovina (20%), feijão (16%) e o frango (15%).

Cada pacote de cinco quilos contem cerca de 25 xícaras de arroz, sendo que cada uma delas produz refeição suficiente para quatro pessoas. Agora, imagine as pequenas sobras de arroz descartadas diariamente em sua casa? Quanto totalizam? Em vez de jogar fora, congele várias pequenas sobras em um único recipiente e depois transforme em uma nova receita.

O mesmo deve valer para outras sobras de alimentos preparados. A família também deve se programar para colocar no prato apenas a quantidade que vai efetivamente comer e cozinhar quantidade apenas suficiente, sem excessos.

Vale ainda destacar que o gasto não é apenas dos alimentos jogados no lixo, mas ainda há custos com gás, água, energia, outros itens usados no preparo.

2. Você compra sem planejar

Não é só no preparo dos alimentos que muitos erros são cometidos. Ofertas, vendas em bandejas, truques nos pontos de venda podem induzir os consumidores a erros.

Se um produto perecível está com um preço interessante para compra em grande quantidade, tente combinar com vizinhos ou parentes a compra, para que os itens sejam divididos e não sobrem.

Outra proposta é preparar refeições em grande quantidade, mas congelar imediatamente para uso futuro. É, inclusive, uma decisão inteligente porque haverá economia de gás, água, energia… e tempo!

Sem falar que dessa forma, com refeições prontas congeladas, evita-se o gasto com a compra de refeições e pedidos de entrega em domicílio.

É preciso fazer um exercício de imaginação: cada sobra de comida ou item que estraga na geladeira é uma moeda, uma nota – ou várias – que está sendo jogada na lixeira…

3. Você gasta com supérfluo

O consumo é importante, faz a economia girar, gera empregos, mas o consumismo é desnecessário, destrói o meio ambiente e compromete a qualidade de vida de todos nós.

E há algumas coisas que podem ser facilmente cortadas. Em vez de comprar uma garrafinha de água em passeios e durante o dia a dia no trabalho, tenha uma única garrafa mais resistente e encha em casa, de preferência com o uso de galões ou mesmo o bom e velho filtro. Em vez de optar pelos refrigerantes ou sucos industrializados, todos vendidos em embalagens de uso único, dê preferência para sucos de fruta ou simplesmente água.

Aliás, você precisa mesmo de descartáveis? Prefira usar canecas de uso prolongado para o cafezinho, pratos laváveis e evite outros itens de plástico de uso único: mexedores de bebidas, canudos, hastes higiênicas. Aliás, além de gerar muitos resíduos, esses itens todos custam dinheiro!

É bom fazer esse tipo de pergunta também para outros bens cotidianos de uso prolongado: roupas, calçados, eletroeletrônicos, brinquedos…

4. Você aceita brinde inútil

Sabe aquele brinde de plástico que vem junto com um lanche, na hora de comprar algum outro bem durável ou ao final de uma festa ou evento? Um chaveirinho? Muitas vezes ele só dura o tempo entre a saída e a chegada em casa, acaba no “lixo”. Ou seja, é descartado e se torna um volume a mais no aterro sanitário, sem ter tido qualquer outra utilidade.

Então, antes mesmo de pensar em reciclar um brinde qualquer de plástico, recuse-o. Lembre-se que o custo dele já está embutido naquilo que você está comprando, mas sequer vai usar ou precisa desse extra. Se a maioria dos consumidores recusar, as marcas tendem a compreender que é uma ação contra o meio ambiente e também contra a economia da clientela. Uma medida de economia mais a médio prazo, aliás, é buscar os serviços de atendimento ao consumidor das empresas, sempre que notar alguma prática inadequada.

5. Você não separa o lixo

Em alguns países, o custo da embalagem se insere nessa lógica de custo assumido pelos consumidores. Ao retorna-la para o processo de reciclagem, o consumidor recebe de volta o valor equivalente ao custo que representa no produto adquirido. Aqui já há algumas iniciativas nesse sentido, com máquinas onde sem podem depositar garrafas de plástico ou vidro, por exemplo.

Há ainda marcas de cosméticos que recompensam o consumidor por devolver embalagens, oferecem descontos. Há até descontos na conta de luz para quem entregar recicláveis em pontos da concessionária.

Mas, ainda que o benefício direto não seja seu foco, separar o lixo é muito simples e você contribui com a geração de renda para centenas de famílias que trabalham em cooperativas e nas Centrais Mecanizadas de Triagem.

Basta separar todos os recicláveis em uma única embalagem e ficar atento ao dia da coleta seletiva. Essa informação está disponível no site da concessionária Ecourbis Ambiental, responsável pelos serviços de coleta tradicional, de saúde e também pela seletiva nas zonas sul e leste da capital.

Para conferir, acesse o site!

Não misture sobras de alimentos ou embalagens engorduradas aos recicláveis e, sempre que possível, enxágue as embalagens enviadas às cooperativas.

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